C O N F R O N T O

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 Narrando - Thiago

— Ei, Isabelle... — gritei

Ao me olhar ela se desequilibrou e caiu de joelhos sobre a calçada.

— Droga, que merda que eu fiz. — Corri em sua direção, me culpando pelo ocorrido.

— Aí... — disse ainda sentada sobre o chão.

— Você está legal? Desculpa por isso, não pensei que isso poderia acontecer. — disse me agachando.

— Estou bem. Não se preocupe! Me ajuda a levantar?

— Ajudo sim. Vem cá. Consegue andar? — perguntei ainda a segurando.

— Acho que sim. — Ela se equilibrou, mas acabou sentindo o joelho e quase caiu novamente. A segurei em meu braços.

— Opa! Quase. — Ela apoiou suas mãos ao meu peito, e ao levantar sua cabeça acabamos nos encarando por alguns segundos.

— Eu acho que preciso ir ao médico.

— Tudo bem, eu te levo.

— Não. Preciso ir pra casa primeiro, meu pai ficará preocupado. — disse se apoiando em um dos meus braços.

— Então eu te levo em casa, pode ser?

— Eu consigo ir sozinha. Estou bem melhor. - disse soltando meu braço.

— Claro que não. Vou te levar. Sem mais.

Peguei ela em meus braços sem que tivesse tempo para rejeitar minha ação. Percebi que ficou assustada, como se não esperasse aquela atitude da minha parte. Caminhei com ela até a porta do carona, destravando meu carro.

— Deixa eu tirar esses livros daqui. — disse ao abrir a porta e á deixar escorada no corpo do veículo.

— Não bastava da em cima do meu namorado, então foi dar no meu irmão também?! — disse Lara, nos surpreendendo.

 — O que? Como assim? — perguntou Isabelle, meio sem entender o que estava acontecendo. — Irmão?

— Vai dizer agora que não sabia?! Me poupe garota, você de santa não tem nada. — disse Lara, se aproximando.

— Vocês se conhecem? — perguntei meio desnorteado.

— O que está acontecendo aqui? — disse Rodrigo se aproximando.

— Você está maluca! Eu nunca dei em cima do seu namorado. Ele me ajudou a encontrar a sala, e foi só isso que aconteceu. Não foi, Rodrigo? — disse Isabelle.

— Não rolou nada entre a gente, Lara. Só ajudei ela. — disse Rodrigo

— Olha aqui garota, eu não vou permitir que você entre no meu caminho. Se eu fosse você voltava pra casa pra chorar no colo da sua mãezinha, porque eu não vou aliviar para você novata. — disse Lara, após se aproximado de Isabelle.

— Sério? — Perguntei, abrindo os braços para Lara. — Você não vai tratar ela com falta de desrespeito em minha frente. Ela não fez nada com você, e seu namorado está te afirmando que não houve nada. Então o que você tem contra ela? — disse

— Você está ficando do lado dessa garota idiota? Eu sou sua irmã, e te proíbo de andar com esse tipo de gente.

— Tipo de gente? Numa boa, eu não sou obrigada a aturar seus ataques patéticos de ciúmes. — disse Isabelle, ao ficar frente a frente com Lara. — Quer saber? Eu vou pra minha casa sim, porque não sou obrigada e nem tenho paciência com pessoas como você. Só vou te pedir uma única coisa. Nunca mais se refira a minha mãe.

Isabelle retirou os patins, indo embora com os pés descalços. Ela ainda mancava, e era algo perceptível.

— Vai mesmo. Sua pobre coitada! Acha que meu namorado vai querer você? Iludida! — gritou Lara, tendo como respostas o dedo do meio da mão esquerda de Isa.

Rodrigo há levou para dentro, e eu corri atrás de Isabelle, para me desculpar. E porque também estava preocupado com ela.

— Isabelle, espera... — aprecei meus passos. — Espera, por favor!

— O que você quer? Não já basta ter que aturar sua irmã?! — disse me ignorando.

Havia pegado meu par de chinelos que estava dentro do carro, então eu pedi que calçasse-os.

— Calça, por favor! Não quero que se machuque novamente.

Depois de muito tempo insistindo, ela finalmente resolveu calçar.

— Obrigada! — Agradeceu 

— Não precisa agradecer. — disse após nossos olhares se encontrarem.

 Sorrimos 

— Como pode ser irmão da Lara? Vocês não tem nada haver. — disse ela cortando o sorriso.

— Ainda bem que não pareço com ela. Imagina se eu fosse uma versão masculina. — sorri — Não ia ter a chance de conhecer alguém como você. Alguém especial!

Nos olhamos... Ela parou arrumando o cabelo.

— Essa é minha casa. — disse apontando

— Então é aqui que você mora. Somos praticamente vizinhos. — disse olhando a paisagem. — Vai ficar bem?

— Somos. Vou sim, não se preocupe!

— Então nos vemos amanhã? Se conseguir andar é claro.

Sorriu

— Acredito que estarei melhor amanhã. Obrigada pelos chinelos, e por me acompanhar até aqui.

— Por nada. Não precisa agradecer. Era o melhor que podia fazer para compensar o papelão que minha irmã fez.

— Tenho que entrar. Tenha uma boa noite, Thiago. — disse se dirigindo a entrada de sua residência.

— Boa noite, Isabelle... — Fiquei olhando ela caminhar, até bater a porta desaparecendo...

Sorri no caminho, pensando em como era linda... 

Fala pessoal, Estão gostando? Então comentem e curta. Estarei postando todos os dias um capítulo ou até mais. Vlw! até mais...

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