O L Á M A M Ã E

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Narrando - Isabelle

O inconsciente nos leva a grandes lugares. Ela estava lá, com seu lindo vestido de pedras brancas, sentada sobre a nuvem. Sorriu em minha direção, tocou em meus cabelos, me dando as boas vindas. Eu sentia tanta saudades dela, e aquele momento era mais que especial para mim.

- Mãe, eu sinto tanto sua falta.

-Eu sei meu amor! Mas você precisa seguir sua vida, e ser feliz!

- Porque você se foi mãe? Porque me deixou aqui sozinha? Você prometeu que nunca me deixaria.

- A vida nem sempre é como imaginamos, querida! Eu nunca irei deixar você. Eu vou te proteger, e sempre estarei ao seu lado.

- O papai sente sua falta.

- Eu também sinto. Ele foi tudo pra mim. Foi o homem que amei em vida, e que sempre irei amar...

- Mãe, eu queria ser como a senhora. Eu queria poder fazer amigos, amigos pra vida inteira. Lá não é o meu lugar. As pessoas são más, e zomba de mim. Eu sou um verdadeiro fracasso!

- Você não pode pensar assim. Você é linda e especial, e sei que lá existem pessoas assim como você. Você só precisa se aceitar meu amor. Você só precisa entender que você faz parte daquele lugar. Eu acredito em você, e sei que será o orgulho de muitos.

- Eu te amo, mãe.

- Eu te amo, querida! Você precisa voltar. Aqui não é o seu lugar. Você tem muito pra viver...

Narrando - Thiago

Estava á dias aflito sobre a poltrona de seu quarto. Não conseguia sair daquela sala de hospita. Não podia deixa-lá sozinha nem por um segundo. Lívia, sua prima, ainda cuidava de seu tio, que estava cada dia pior. Todos sofriam com a tragédia. Todos oravamos por sua melhora. Eram dias sombrios para todos, e tinhamos medo que a esperança de sua melhora, fosse perdida com o passar do tempo.

- Volta pra gente, garota! - disse passando a mão em seu rosto. - Você é tão linda! Lembra de quando conversamos no último horário? Você tinha acabado de entrar no Colégio. Eu talvez possa está me precipitando, mas, acho que foi algo que nem eu mesmo percebi... Não sei se terei coragem de dizer isso um dia pra você... É... Sei lá, acho que foi paixão a primeira vista. Você me faz bem. E eu me sinto tão vivo quando está por perto...

Seus olhos foram se abrindo, e sem que eu percebesse, Isa tocou em minha mão, que se encontrava próximo da sua. Seus olhos azuis olhava diretamente para os meus, e sua boca se mexia levemente, como alguém tentava pedir algo.

- Isa, você está bem? - Corri até a porta, gritando a enfermeira.

Quando voltei para próximo de sua cama, ela disse algo que me fez sorrir depois de tanto tempo angustiado. Ela falava baixo, com dificuldade.

- A primeira vez que me viu, foi quando tentou me matar com uma bolada. - disse ela voltando o aparelho respiratório para boca.

Narrando - Rodrigo

Eu não sabia mais o que fazer. Não conseguia me concentrar no trabalho, no Colégio, na academia, nada tirava meu pensamento dela. Eu queria voltar naquela noite, e mudar tudo. Eu não queria ter sido algo a provocar isso.

- Você está bem filho? - perguntou minha mãe.

- Não sei. Sinceramente não sei o que está acontecendo comigo. Eu estou tão arrependido pelo que aconteceu. Como posso concertar isso mãe?  O que devo fazer?

- Você fez o que podia meu filho. Você salvou a vida dela. Não há nada que você possa fazer, a não ser, esperar e orar para que essa moça se recupere do tralma sofrido.

- Quando vi seu carro naquele estado, não pensei em mais nada. Eu só queria que ela estivesse bem, viva. Ainda vejo seu rosto ensanguentado. Não paro de pensar na cena em que tinha ela em meus braços, e no desespero que estava para poder salva-lá. Eu fui culpado mãe...

Narrando - Lara

Eu não me sentia culpada por aquilo. Ela foi imprudente em dirigir naquele estado. Todos me culpava por algo que não era minha culpa. Fui afastada do Conselho estudantil, isso era injusto.

- Você não vai falar comigo? Eu sou sua melhor amiga. Eu fiz tudo por você, e é o que é por minha causa. Sério Vitória, tem certeza mesmo disso?

- Eu não sou sua amiga. Você não tem amigos. Você é uma vadia nojenta, e logo logo será uma assassina. - disse Vitória ao telefone. - Não me ligue mais. Eu não preciso da sua reputação de merda. - Tum... tum... tum...

Eu estava sozinha, e no fundo tudo aquilo me deixava mal. Todos me julgavam. O sol havia deixado de brilhar para me. Estava jogada como uma prisioneira em minha própria casa...

Continua...

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