S O B R E P R E S S Ã O

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NARRANDO - ISABELLE

- Chegamos querida! - disse meu pai estacionando de frente à casa.

- Finalmente, já não aguentava mais aquele cheiro horrendo de hospital.

- Filha, precisamos conversar. - disse ele olhando para mim pelo retrovisor.

- Papai, estou muito cansada; poderíamos falar sobre depois? Eu não tenho cabeça para ouvir nada que tenha à dizer.

- Realmente! - disse surpreso. - Quando sua prima disse que estava diferente, não imaginei do quanto estava. O que está acontecendo? Você é a minha filha? Porque ela jamais falaria assim com seu pai.

- Não começa com drama! O senhor mau foi ao hospital. Fiquei naquele lugar por dias, semanas e não teve à coragem de ir me ver. - disse abrindo à porta do carro. - Afinal, onde você estava? - perguntei, batendo à porta do carro e seguindo em direção à entrada de casa.

- Isabelle?! Você não vai falar assim comigo. Volte aqui agora! - disse meu pai saindo do carro.

- O que você quer? Falar sobre o seu trabalho? Porque isso é a única coisa que você fez até hoje. Se ela estivesse aqui, nada disso teria acontecido. Eu não teria vindo para esse lugar, nem precisaria conviver com uma garota nojenta e metida, que se acha dona do universo. Essa é a nova vida? Aquela que você disse antes de sair do Brasil? Porque sinceramente, eu não à vi até agora.

- Filha, eu não sei... - Interrompi

- Não precisa falar mais nada. Nenhuma resposta que der, vai mudar tudo isso. Então não perca seu tempo, papai.

NARRANDO - RODRIGO

Quando era pequeno, pensava que tudo seria mais fácil quando crescesse, que iria encontrar o amor da minha vida, e que seria feliz desse dia em diante. Na verdade, à maturidade de um jovem garoto é formada pela inocência de uma criança. Eu cresci, e só agora percebo que, ser criança, é ser feliz de verdade.

Eu segui até à lanchonete onde ia com Lara. Aquele lugar me trazia boas lembranças, e era o que precisava no momento, lembrar das coisas boas da vida.

Deixei meu carro próximo do estabelecimento, e sentei do lado de fora.

- Você poderia por gentileza, trazer um milk shake de chocolate. - disse à garçonete.

- É pra já, senhor!

Peguei meu celular sobre o bolso da calça, e percebi que havia uma mensagem do meu amigo Heitor. Não nos falávamos à meses; sentia saudades de sua presença, principalmente naquele momento.

Mensg: Olá amigo, estou voltando para San Francisco. Amanhã estarei embarcando no primeiro vôo.

Aquela notícia foi à melhor do dia. Meu amigo estava de volta...

NARRANDO - LARA

Estávamos quase no meio do ano, e já imaginava às ferias de verão

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Estávamos quase no meio do ano, e já imaginava às ferias de verão. Eu estava com planos para conhecer à Austrália.

Não havia mais amiga, e só então percebi que nossos planos haviam ido por água abaixo. Talvez pudesse fazer planos com o Rodrigo, mas ele não iria querer me ver nem morta!

Talvez tivesse cometido um erro por gostar tanto dele, e não ter enxergado suas necessidades. Talvez ele merecesse estar com alguém melhor do que eu. Mesmo não me permitindo enxergar, aceitei que ela era o que realmente fazia feliz.

Me lembro de quando estávamos no oitavo ano do fundamental. Eu era louca por ele, e ele era um troféu para todas as garotas da sala.

Um belo dia eu tropecei e deixei tinta cair em sua camisa. Pensei por um segundo que ele gritaria comigo, mas fez o que não esperava. Se levantou, e segurou em minha mão, perguntando se estava bem. Eu me apaixonei por ele. Meu irmão deve estar certo, eu sou uma idiota!

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