D E S A V E N Ç A

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Narrando - Isabelle

— Papai,porque se atrasou? Tenho quase duas horas te esperando aqui. — disse ao entrar no carro.

— Eu... tive que resolver...  uns problemas... — disse papai um pouco estranho.

— Está tudo bem? — perguntei preocupada.

— Tudo ótimo, querida! — disse papai olhado para o retrovisor a sua esquerda.

Meu pai estava muito estranho. Ele deu partida no carro, pisando fundo no acelerador.

— Papai! — gritei — Calma, vai mais devagar.

— Está tudo bem. Fica tranquila!

Todo o percurso foi estranho. Nunca vi meu pai dirigir tão mal quanto hoje. Parecia fora de se.

Ao chegarmos em casa, ele estacionou o carro de uma maneira completamente fora do lugar. Eu não entendi muito aquilo que estava acontecendo, até que ele desceu do carro tropeçando seus pés uns no outro.

— Você está bêbado? Papai, o que você fez? — segurei ele.

Entramos, e o sentei no sofá da sala. Eu não sabia o que fazer. Eu  nunca tinha visto ele daquela maneira. Estava muito preocupada.

Narrando - Rodrigo

— Deixei meu carro no estacionamento do prédio da empresa, e segui até minha sala. Fiquei pensando sobre a conversa que havia tido mais cedo com Isabelle. Ela era uma garota bacana, e eu não queria que ela ficasse magoada! Mas no fundo eu também não queria que ela voltasse a falar com Thiago. Talvez aquela fosse a chance de me aproximar mais. Conhecê-la melhor.

— Boa tarde, Rodrigo. — disse minha mãe, interrompendo meus pensamentos.

— Oi, mamãe.— disse Abraçando.

— Que cara é essa filho? Aconteceu algo? Se não estiver bem para trabalhar eu entendo.

— Não. Não é nada demais. — disse olhando meu celular, que por sinal havia uma mensagem de Heitor.

Mensg: Rô, estou bem cara. Não precisa se preocupar. Me liga depois, precisamos conversar.

O que Heitor tinha pra me dizer?

Narrando - Lara

— Que susto, garoto! Não sabe bater mais na porta não? O que você quer?

— Foi você, não foi? — disse  ele com um semblante sério.

— Eu o que? Não sei do que você está falando. — disse ao pegar a chave do carro.

— Você que mandou sua amiga me beijar, não foi? Você acha que sou idiota? — disse em voz alta.

— Você está maluco! Eu não mandei ninguém te beijar. Acha que quero minha amiga com você? Não mesmo. — disse passando por ele.

Ele segurou em meus braços, me pretendo sobre a parede do quarto. 

— Olha aqui, Lara. Eu não vou cair nesses seus joguinhos! Eu não sou suas marionetes. Não brinca comigo, porque você não sabe do que eu sou capaz. — disse meu irmão

— Me solta. — empurrei ele. — Eu não tenho medo das suas ameaças. A Victória gosta de você. Eu não tenho nada haver com isso. Agora, se preferi aquela pobre coitada, eu não posso fazer nada.— virei-me, saindo pela porta.

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