Save Me From The Fire {Min Yoongi} - Livro 3

| 7 | Silver & Pink (I/II)

Léia's P.O.V.

É como se os últimos dias - ou seriam horas? - fossem um grande borrão. Não me lembro do que houve, só que meu corpo dói como se um caminhão gigantesco tivesse me atropelado. 

Ainda sinto dificuldade em respirar, meu pulmão arde a cada entrada de ar, transformando a dor da saída ser ainda maior. Sinto como se meu cérebro tivesse se tornado um grande peão de massa encefálica com problemas em desacelerar. 

Você nem está dormindo. Levante de uma vez. 

Abro os olhos e logo minhas pupilas se contraem devido à luz no teto. 

Mais um dia na caixa de concreto. O que tenho de fazer hoje?

Fico de barriga contra o solo, busco apoio nas mãos e logo estou de pé. Limpo a poeira de minhas vestes, a essa altura já não ligando mais para o que o destino decida me vestir no dia em questão. Meus olhos vão de encontro ao mesmo objeto diário: a janela escura da minha caixinha. 

Há um bilhete nela. 

"Fogos de artifício?", lê-se assim que me aproximo e tomo o pequeno pedaço de papel em minhas mãos. 

Minhas pernas andam sozinhas em direção à porta, enquanto minha cabeça pensa no que fazer, como se soubesse o que fazer. Mas eu, Léia, não sei. 

- Vamos acabar logo com isso - digo para mim mesma. 

Ao girar a maçaneta, sinto meus pés afundando. Areia. O sol está alto no céu, já deve ser depois do almoço. O mar me recebe, barulhento. Tiro meus sapatos e ando perto de onde as ondas quebram, molhando meus pés. 

Sinta a paz. Você sabe que ela dura pouco quando você está acordada. 

[...]

Deixei de tentar o tempo há muitos episódios. Quero resolver o mais rápido possível esse dia. Tenho a plena consciência de que estou em Busan, mas não sei quem encontrarei aqui. Nem porquê. Nem para quê. 

Minha mente vagueia entre bobagens e teorias quando meus olhos avistam a casa de praia dos pais de Jimin. 

Tantas memórias... 

E então meu estopim: ouço algo quebrando dentro da casa. Vozes gritando. Minha voz. A voz de Yoongi. As vozes dos meninos. 

Me aproximo da casa, tentando decifrar o que estávamos gritando em um passado tão distante. Só ouço mais briga, tanto que fico assustada e corro para o carro mais próximo. Puxo a maçaneta, mas a porta não cede. Puxo, puxo, puxo. Passo tanto tempo puxando que não noto que a casa volta a ficar quieta. Mas ouço o carro fazendo bip. Alguém o abriu. 

Não perco tempo e abro a porta do banco traseiro, me escondendo no espaço para os pés. 

Uma porta bate. Passos se aproximam. O porta-malas é aberto e uma bagagem pesada é jogada em seu interior. Os passos continuam e a porta do motorista é aberta e depois fechada. A chave é virada e o carro ruge. Um xingamento baixinho é proferido. 

- Léia, vamos! Assim você vai perder o voo! - ouço o homem gritar no banco da frente. 

Franzo o cenho e me levanto aos poucos, esticando o pescoço para reconhecer o dono da voz grossa. 

- Namjoon? - digo.

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Olá, uniPOPcorns!
Espero que vocês estejam tendo um ótimo domingo (ou seja lá o dia em que vocês estiverem lendo)!

Como vocês já devem estar sabendo, estou sumida devido às aulas online da faculdade durante essa quarentena, mas ontem estava com tantas saudades de vocês que decidi dar uma passadinha por aqui para ver como vocês estão.

Quais as novidades?

Bom, espero retornar em breve. Por enquanto, se divirtam com esse novo capítulo.

Um beijo!
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