Deixá-lo ir

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New York, NY
8h03min pm


Justin Bieber

— Alyssa Rebecca Quinn, você aceita se casar com Justin Drew Bieber? — O padre perguntou, diante de todas as pessoas que estavam ali na igreja. Minhas mãos estavam soadas e tudo que eu queria era que aquilo acabasse logo.

— Eu aceito. — Ela sorriu, olhando no fundo dos meus olhos.

— Justin Drew Bieber, você aceita se casar com Alyssa Rebecca Quinn? — A atenção das pessoas foi toda voltada para mim e o nervosismo tomou conta, uma voz maligna dizia que ainda dava tempo de desistir.

A vontade era de desistir e ir atrás da mulher que eu realmente amava e queria passar o resto da minha vida. A imagem daquele sorriso e aqueles olhos, me olhando, não saia da minha mente.

O padre coçou a garganta e só então eu percebi o quanto tinha demorado para responder, Alyssa me olhava com raiva e todas as pessoas cochichavam.

Fernando de Noronha, RJ
2

1h57min


Paige Crawford

A busca por Ross me deixava cada vez mais apreensiva, com medo do que poderiam encontrar, já que se encontrassem o seu corpo, eu estaria ferrada pois veriam os tiros e jamais acreditariam na história de que ele simplesmente escorregou e caiu. No momento, eu estava em uma ambulância perto da costa. Haviam montado uma investigação e um grupo de buscas para achar o corpo.

Já haviam recolhido meu depoimento e eu esperava poder ser liberada e voltar para casa. Tudo o que eu queria era voltar para a minha casa e poder descansar, meus enjoos estavam com tudo e estava sendo difícil esconder de todos o porquê de estar sentindo isso, eu também não esconderia por muito tempo, já que chamaram um médico para me examinar e ele com certeza constaria que estou grávida.

— Meu Deus, Paige! — A voz de Úrsula preencheu meus ouvidos e eu não acreditei que fosse ela até virar de costas e vê-la vindo até mim. — Eu rezava que todos os jornais estivessem errados sobre a morte de Ross, tinha que ver com meus próprios olhos. — Me abraçou e pela primeira vez eu senti que ela estava fazendo seu papel de mãe, eu precisava de um abraço sincero e um rosto conhecido.

Algumas lágrimas escorriam, a adrenalina passava e um filme de tudo o que tinha acontecido passava pela minha cabeça, eu não estava arrependida do que fiz, na verdade eu estava com medo de alguém descobrir o que realmente aconteceu.

Eu estaria ferrada e tudo que eu fiz teria sido em vão, já que me separariam do meu filho do mesmo jeito, se não pior. Eu iria para a cadeia e só Deus sabe o que fariam com ele.

— Por que te deixaram aqui esse tempo todo? — Questionou, me encarando.

— Eles precisavam do meu depoimento.

— Você já falou?

— Sim.

Ela franziu o cenho.

— E por que ainda está aqui? — Alisou meus cabelos.

— Porque eu não sabia para onde ir, nem o que fazer... — Respondi.

O que era verdade, eu não tive reação desde que fui resgatada, alguns diriam ser a atuação perfeita. Porém não era atuação, eu realmente fiquei e estou perdida.

— Vamos para o hotel mais próximo, eu vou cuidar de você, vai ficar tudo bem. — Me abraçou novamente.

— A senhora não pode ficar aqui! — Um dos detetives chamou nossa atenção.

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