Prólogo

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Antes de lerem, peço que leiam algumas avisos.

Essa fanfic é do social spirit, faz muitos anos que eu escrevi, iniciei aos 15 e finalizei com 18 anos, por isso algumas coisas na história aconteceram rápido demais e com certeza existirão muitos erros e incoerências. Porém, espero que gostem  da experiência. ❤

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Já passava das duas da manhã quando Molly me deixou em casa, entrei tentando não fazer barulho. Não queria acordar Harriet, a governanta da mansão Crawford. Em outras palavras, o anjo que foi enviado para amenizar os dias infernais que vivo nesta maldita residencia.

Harriet é a única que sabe o que realmente acontece dentro dessa casa, é a única que tem a audácia de me defender do monstro disfarçado de cordeiro. Depois das brigas, ela sempre ajuda-me a levantar, e mesmo quebrada por dentro e por fora, ela faz com que um sorriso apareça em meu rosto.

Ela e sua filha, Zoe de 16 anos, são as que me fazem ter esperança por dias melhores.

Fechei os olhos, colocando as mãos sob minhas temporas cansadas. Tudo que eu precisava era um banho gelado e minha cama King Size, que a teria toda para mim pelos próximos dois dias.

O famoso Ross Crawford, estava em uma viagem de negócios no Uruguai, só voltaria na segunda. Mas eu sabia qual o tipo de viagem era, dois anos casada com ele me fizeram aprender quem Ross realmente é. Qualquer mulher que seja demasiada atraente, ele a leva para a cama. Quem o vê de perto, não diz que ele faz o que faz, Ross tenta ao máximo passar por um marido bom, exemplar, coisa que ele não é e nunca será.

Nós somos um casal de aparências, eu sou a esposa dedicada e ele o esposo atencioso e fiel. Nosso casamento foi uma ótima jogada de marketing, meu pai estava precisando de reconhecimento em sua empresa, Ross precisava de uma esposa para limpar a imagem de solteirão cobiçado, meu pai me vendeu para o CEO poderoso em troca de parceria. Nunca entendi o porquê de ter sido eu, mas segundo meu pai, Ross pocurava por um tipo específico de mulher, então obviamente eu me encaixava em tais padrões. Não vou negar que não gostei, qual mulher não gostaria de viver ao lado de um homem igual Ross? Bonito, charmoso, atraente, rico... entre outras qualidades que ele aparenta ter. No entanto, diferente do que muitos pensam, nós nunca tivemos nenhum tipo de relação carnal. Nunca nos beijamos por trás das luzes, nem nunca transamos. No começo eu estranhei a postura do Ross, eu o desejei por várias noites.

Até as surras se tornarem constantes.

Só depois do primeiro tapa que o arrependimento apareceu, pronta para abandonar tudo, seu dinheiro me comprou, Ross me deu um Porsche e um colar de diamantes, depois pediu desculpas. Na primeira surra, não ganhei um carro, muito menos jóias, ele me mostrou o contrato que havia feito com meu pai. Eu ficaria casada com Ross até ele dizer chega, ou se eu quisesse desistir, teria de pagar uma multa milionária. Quando soube disso, cortei total relação com o meu pai.

No primeiro ano eu pensei em desistir, mas aprendi a relevar tudo que Ross me fazia, passei a me importar apenas com o luxo que ele me proporcionava.

Eu tenho tudo, dinheiro, carros ao meu favor, roupas de grife, um lugar de respeito na elite de Manhattan... entre outros benefícios.

Mas sinto como se faltasse algo em minha vida, eu sou uma pessoa totalmente solitária. Eu vivo com Ross por dinheiro e glamour. Não é como se eu sentisse falta do amor, o amor não existe e não serve para nada. Nunca tive exemplo de amor em casa, meus pais nunca foram exemplo de nada.

O que é o amor perto de tudo que eu posso ter?

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