Chains

Nós temos um "lance"

Point ir view Alyssa Quinn

- Como é que é?

O rosto de Justin se empalideceu.

- Isso mesmo que você acabou de ouvir. - Minha voz saiu chorosa e rouca.

Eu não aguentava mais chorar e chorar, quando fiz o teste ontem a noite eu não consegui pregar um olho pensando no que poderia acontecer. Sou muito nova para ser mãe, tenho toda uma vida antes de ter esse tipo de responsabilidade.

Por mais que meu sonho sempre tenha sido esse, ter um filho com Justin, eu não imaginei que fosse ser tão cedo. Talvez depois que nos casassemos e tivéssemos condições de criar uma criança. Não agora.

Sempre fui apaixonada por ele, desde a primeira vez que eu o vi. O pior de tudo é esse sentimento não ser recíproco. Não sou tola, eu sei que Justin não quer nada comigo além de sexo, ele deixa isso bem claro sempre. Mas eu simplesmente não consigo me ver com outra pessoa.

Eu o amo e não consigo deixá-lo, por mais que isso me doa algumas vezes.

Entretanto, isso pode ser parcialmente culpa dele. Qual é, sempre que estou tentando dar um tempo e seguir em frente ele reaparece me fazendo voltar à estaca zero. Ele que me procura na maioria das vezes, então a culpa é dele!

Eu estar grávida também é culpa dele.
- Meu pai vai nos matar! Meu Deus, eu estou muito ferrada.

Já consigo imaginar a reação do prefeito, por Deus, ele vai me deserdar.

- Você não está pensando em contar para ele, está?

Ele perguntou parecendo preocupado com o que eu disse. Olhei para ele incrédula por ele achar que eu não contaria algo tão sério para o meu pai.

- Mas é claro que sim, está louco?

Justin arregalou os olhos.

- O seu pai vai acabar com a minha vida, Alyssa! - Exclamou, com um olhar perdido.

- Acabar com a sua vida? A minha vida acabou, seu imbecil! - Dou-lhe outro tapa no braço que fez minha mão arder.

- Ai! Para com isso - Tentou me acalmar, abraçando meus ombros - Nós vamos dar um jeito nisso.

- Mas é claro que nós vamos dar um jeito nisso, eu não vou criar essa criança sozinha!

Justin soltou meus ombros e me encarou profundamente.

- E você pensa em ter? - Sua pergunta parece inocente.

Após ouvir sua pergunta, senti a fúria correr em minhas veias e rapidamente distribuo um tapa maior que o anterior em seu rosto, que fica marcado com meus cinco dedos.

Levantei do sofá e esbravejei de raiva. Eu não acreditava que ele tinha feito aquela pergunta.

- Como é que é? - alterei o tom de voz - Mas é claro que eu vou ter esse bebê! Você é um merda, mas não achei que fosse tanto à ponto de falar ou achar que eu faria uma coisa dessa. Você fez também, agora arque com as suas responsabilidades! - peguei minha bolsa que estava no chão e vou em direção a porta.

- Onde você vai? - perguntou, ainda sentado no sofá.

- Vou falar com o meu pai, trate de falar com os seus.