Capítulo 14: Viajem Repentina

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Abro a porta do apartamento e encontro ele vazio. Sento no sofá e jogo a cabeça para trás fechando os olhos. E tão bom esse silêncio.

- Oi querida! que bom você está aqui! - diz tia Saula abrindo a porta.

Cabo meu amado silêncio

- Onde mais eu estaria?

- Bem, eu liguei aqui mais cedo e Vitor me disse que você tinha saido com o Jared, pensei que ainda estaria com ele, e falando no Vitor, onde está ele?

- Aqui - Vitor responde saindo do quarto. Então o apartamento não estava tão vazio quanto eu imaginei.

- E ótimo encontrar os dois em casa... bem, eu irei viajar... e vocês ficaram aqui, tomando conta um do outro.

- O QUÊ? - gritamos eu e Vitor em uníssono.

- Sinto muito, mas vai ter que ser assim. Preciso ir para o Peru ainda hoje. Imaginem que estão querendo derrubar uma floresta inteira para construir uma fábrica de papel?

- Ah não, eu não vou ficar servindo de baba dessa... dessa... dessa mini berinjela - diz Vitor

- E eu não vou aqui com essa versão mais nova do Hitler.

- Sinto muito Alex, mas não tem outra saída. Eu liguei para sua mãe mais cedo, e ela está fazendo um cruzeiro, e neste exato momento ela, seu padrasto e seu irmão devem estar na Grécia. Você vai ter que ficar aqui.

- Quanto tempo vai durar essa sua tal viajem? - pergunta Vitor coçando o cenho.

- Oh meu filho, eu não sei.

- Como assim mãe? como você não sabe?

- Lembra daquela vez no Texas? Então, nós vamos nos acorrentar nas árvores até eles entrarem em um acordo, e eu não sei quanto tempo essa negociação pode durar.

É o fim da picada. Não acredito que tia Saula vai por minha vida em risco para salvar um bando de árvores. Já pensou se esse maluco do Vitor surta e resolve colocar fogo nesse apartamento comigo dentro? Ou pior, me vende para um shake árabe? Ou pior ainda, resolve me trocar com um traficante por drogas? VI-A-JEI.

Mas sério, não vai ser possível a gente conviver sozinhos sem causar uma guerra, e esse apartamento será nosso campo de batalha, e no final, um de nós estará morto.

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