Capítulo 22: Atrasados

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Os braços de Vitor estavam de forma protetora em volta de mim. Já havia amanhecido e a chuva acabado.

- Vitor... ei, acorda... Vitor... VITOR!!!

- QUÊ FOI !

- Já amanheceu, vamos embora.

Chegamos em casa e tomamos um banho rápido. Tivemos que ir de táxi para a escola. Resultado: perdemos o primeiro tempo. Acho que teríamos chegado a tempo se a moça do Vitor não tivesse demorado tanto no banho. Talvez teríamos tempo até para comer algo.

A aula estava como seria de se esperar, uma grande e bela merda. Resolvi dormir mas alguém me acertou uma bolinha de papel.

Estava pronta para estrangular quem quer que seja o filho da puta que tenha tido a ousadia de me tacar aquilo, quando Jared acenou para que eu abri - se.

"BOM DIA GATA! O QUÊ ROLOU ENTRE VOCÊ E O VITOR? ATRASADOS E COM O CABELO MOLHADO. MÁ SINAL"

Revirei os olhos com a suposição maliciosa do Jared.

"NÃO E NADA DISSO SEU IDIOTA."

- A senhorita Skeery quer fazer o favor de parar de atrapalhar minha aula com essas bolinhas de papel?

- Talvez, se a sua aula fosse menos chata e deprimente.

A sala toda começou a rir, o que fez o professor ficar vermelho. Agora só não sei se era de vergonha ou nervoso.

- Senhor Brunkyn, pode trocar de lugar com o senhor Freek? Talvez assim, ele mas a senhorita Skeery pare de se comunicar por papelzinho.

Não consigo me controlar, começo a rir sem parar. A sala toda fica me olhando.

- Espera, seu outro nome e Brunkyn?

Vitor revira os olhos e troca de lugar com o Jared sem responder minha pergunta.

O resto da aula foi pura diversão, assim como o começo. Ha, ironia deprimente! mas até que foi bom (ótimo) ver a loira de supermercado longe da versão teen do Dionísio.

Coloco minha mochila/saco, mas saco que mochila nas costas e TENTO sair da sala, mas meu braço e puxado me fazendo virar para ver quem teve a ousadia.

- Escuta, eu não sei o que aconteceu hoje com você e o Vitor, mas espero que esse atraso mas o seus cabelos molhados não signifiquem nada, pelo seu próprio bem. - diz Izabella tentando soar ameaçadora.

- Aí que medinho!

- E bom você ficar mesmo, porque quando eu sou boa, eu sou ótima, mas quando eu sou má, eu sou perfeita.

- Estou pagando para ver.

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