Capítulo 34: Nunca pensei que as berinjelas fossem vadias

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Tia Saula chega e quase escorrega no chão molhado.

- Gente! O que aconteceu aqui?

- Escaldei uma vaca - digo dando de ombros

- E porque não limpou o chão?

- Não estava a fim.

Tia Saula começa a rir e eu acho que ela fumou mais da "erva da alegria". Gente essa mulher ri de tudo! Eu acabei de deixar o chão molhado, E ELA QUASE ESCORREGOU! Porque diabos ela está rindo?

- Amanhã vocês tem aula, acho melhor vocês irem dormir. DORMIR ouviram bem? Mas se forem fazer algo mais interessante, não façam barulho!

- TIA!!!

- MÃE!!!

- O.k, o.k. Mas se precisarem, tem camisinhas na gaveta do armário.

Taco uma almofada em tia Saula e ela vai para o quarto dela rindo com a mesma risada de iena de sempre. Mulher doida.

- Ouviu isso? Fazer algo mais interessante... - diz Vitor me abraçando e beijando minha bochecha.

- A gente podia ver um filme!

Vitor me olha confuso. Não me sinto bem de "dormir" com ele com a tia Saula em casa. E estranho, até mesmo para mim.

- Que tal a gente ver A morte do demônio? - diz Vitor com um sorriso macabro no rosto.

Nunca ri tanto na minha vida. Sei que A morte do demônio é um filme de terror, mas para mim era muito engraçado, ainda bem que a tia Saula dorme igual uma pedra.

Vitor me olhava confuso, e eu pensei ter visto medo no seu rosto, mas ele disfarçava. Eu estava me divertindo horrores.

P.O.V. VITOR

A Alex estava rindo feito uma doida... de um filme de TERROR!!!. Sério, eu fiquei com um pouquinho de medo do filme, mas a risada gostosa da Alex me fazia esquecer do medo e me despertava o desejo de beijar aquela boca delicada e doce.

Antes mesmo de acabar o filme ela já tinha capotado nos meus braços. E eu amo ter ela tão grudada em mim. Me faz sentir que ela e só minha, que eu posso, e vou, protege - lá de tudo.

Levo ela até nosso quarto e deito do lado dela. Passo a mão em seus cabelos e lembro de mais cedo. Do seu corpo no meu, dos seus gemidos, do seu cabelo roxo no lençol branco. Tenho que parar de lembrar para não ter uma ereção.

Desligo o despertador e vou acordar Alex, ela nunca acorda com o despertador.

- Alex... Alex... Aleeeeex! Acorda ou vamos nos atrasar.

- Foda-se, não quero ir - diz Alex cobrindo a cabeça com o edredom

Puxo ela pelos pés e pego ela no colo. Ela faz um beicinho muito lindo, mas sei que se ela não estivesse com tanto sono me daria um soco.

- Eu detesto acordar cedo!

- Eu sei. Vem, vou preparar a água da banheira para você.

- Hum, hoje eu quero tomar banho de chuveiro - diz Alex de um jeito sensual

- Está tentando me seduzir?

- Está funcionando?

Nem respondo. Puxo ela pela cintura e a beijo levando ela até que suas pernas fiquem entrelaçadas na minha cintura. Arrasto me até o banheiro e coloco Alex de volta ao chão para tirar - lhe a camisa. Me atrapalho todo na hora de desabotoar o maldito feicho do sutiã dela, detalhe, esses feichos estão sempre mudando de lugar, ontem era atrás, hoje é na frente.

Alex dá uma risada leve e me ajuda a despi - lá. Ela é tão gostosa, tão sombria, e eu sou tão apaixonado por ela.

P.O.V ALEX

Vitor tira a meu blusão e eu tiro a sua calça de moletom. Enfiamos de baixo do chuveiro abraçados. Vitor passa a mão nos meus cabelos molhados e eu apenas encaro aqueles olhos azuis.

- Seu cabelo está desbotando. Qual é a cor natural?

- Castanho. Um castanho horrível. Acho que agora eu vou pintar de azul.

- Eu gosto de você com qualquer cor de cabelo, gostaria até mesmo se fosse careca.

Rimos um pouco e de repente fiquei perdida na boca de Vitor. A boca dele é muito linda, bem , ele é muito lindo. Aproximei meu rosto do dele e o beijei. Ele passou a mão na minha cintura e grudou nossos corpos. Um arrepio subiu pelo meu corpo todo e eu o beijei com mais desejo. Vitor desceu a boca para o meu pescoço e depositou vários beijos na minha pele molhada. Um gemido involuntário escapou dos meus lábios. Passei minhas mãos para a base das costas de Vitor e subi até os ombros o arranhando levemente. Sinto sua pele se arrepiar e dou uma mordida leve em seu ombro. Vitor solta um gemido baixo e torturado.

- Não me provoca - diz Vitor no meu ouvido terminando com uma mordiscada no lóbulo da minha orelha.

Empurro ele na parede e ele ri daquele jeito que acaba comigo. Passo a mão pelo seu peitoral e o beijo puxando seu lábio inferior.

- VITOR! ALEX! Vem tomar café, vocês já estão atrasados. Não me façam ir aí.

- Droga

Vitor joga a cabeça para trás e sei que ele também não ficou "feliz" de sermos interrompidos.

***

Saímos do carro e vejo todos da escola olharem para mim e rir. Não entendo muito bem, até ver uma folha que caia nos meus pés.

A folha era roxa e tinha uma montagem da minha foto em um corpo de uma mulher pelada tampando apenas os seios e a virilha com berinjelas. Como se não bastasse ainda estava escrito: "Nunca pensei que as berinjelas fossem vadias"

Izabella.

Solto da minha mão da de Vitor e ele fica para trás analisando a folha. Dessa vez eu mato aquela vaca loira.

Encontro a vadia no meio das amigas dela. Quando ela me vê seu rosto se ilumina em um grade sorriso cínico. Vai ser a última vez que ela sorri.

Acerto um soco na boca dela e o sangue já desce na hora. As amigas delas correm com medo. Dou um chute na costela dela e depois um chute no queixo fazendo ela cair. Ela abaixa a cabeça e alguns fios de cabelo dela ficam cheio de sangue. Pulo em cima dela e prendo os seus braços para olhar bem seu rosto.

- Você é uma vadia filha da puta - digo acertando o primeiro tapa no seu rosto

Continuo acertando tapas na cara dela por um tempo, até alguém me tirar de cima dela. Jared me leva para longe com muito esforço, pois fico me debatendo até me soltar.

- Por que você não deixou eu acabar com ela? - pergunto com raiva

- E ser expulsa da escola? Não, não vou deixar isso acontecer -diz Jared olhando para minhas mãos - Acho melhor você limpar isso.

Olho para minhas mãos é vejo que estão cheias de sangue. Começo a rir descontroladamente.

- Finalmente te achei. O que aconteceu? - pergunta Vitor

- Bem, a Alex acabou de espancar a Izabella.

- Ha, isso explica o sangue... Você deixou ela muito machucada? - pergunta Vitor preocupado.

- Qual é? Ta preocupado com ela? Então vai lá cuidar daquela vadia. Que caralho! Não viu o que ela fez?

- Não estou preocupado com ela, estou preocupado com você. Se ela for na direção, eles vão abrir o conselho e você pode ser expulsa da escola.

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