Capítulo 30: A surra e uma arte

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   Na hora do intervalo Vitor me puxou pela mão e começou a correr para algum lugar que eu não sabia.

    - Quer parar de me arrastar, seu maluco?

    - Quero te levar a um lugar - diz Vitor com um jeito estranho.

   Aquele puto carneiro negro pulguento me fez subir dois lances de escadas com mais de quarenta degraus. QUARENTA!

   Chegamos a uma portinha que dava para o terraço da escola. Vitor tampou meu olhos com a mão e eu fiquei com medo. Não dele, claro,  mas e que estávamos no alto. Medo de altura. Ligaram as coisas?

   Vitor tirou as mãos dos meus olhos e eu vi que estávamos bem na borda. Por instinto  recuei para trás,  mas Vitor me segurou e me manteve lá,  no perigo,  na borda  escorregadia.

   - E só não olhar para baixo - dizia ele segurando minha cintura - eu quero que você olhe para frente,  para o horizonte.

   E então eu vi. Sol estava brilhante e quase não tinha nuvens no céu. Era um dia perfeito.

   Fiquei tão impressionada com a vista que acabei me esquecendo do medo de altura.

   Era incrível. Ventava frio, mas não chovia. E a luz do sol, emanava uma energia boa e alegre. Não que eu fosse igual a tia Saula e acreditava nessas coisas de energia da natureza,  mas eu me senti bem de poder ver o céu.  Estava feliz por estar na altura, e principalmente,  por estar com Vitor.

   - Não quero que você tenha medo, eu estou com você agora - diz Vitor mordendo o nódulo da minha orelha.

   - Estar com você me da medo, sério,  você é doido - respondo rindo.

    Não podíamos ficar ali para o resto da vida, então descemos e voltamos para as aulas chatas e monótonas. O bom e que tínhamos aula de artes. Eu gosto de artes, sei lá,  e legal.

   - Vamos falar sobre as cores,  todos nós temos cores que nós trás sensações boas, corres que gostamos e que odiamos. Por exemplo,  você Vitor, qual e sua cor favorita? - pergunta o professor de artes, Rafael.

   - Eu gosto de um certo tom de roxo - diz Vitor mexendo no meu cabelo, e depois erguendo meu rosto para olhar nos meus olhos - e um certo azul, um azul meio verde.

   - Ok, ok, já entendi - diz Rafael rindo - E você Izabella?

   - Eu? bem, eu amo rosa, porque e uma cor feminina,  exala beleza e confiança, e detesto roxo, porque e uma cor vulgar, e acho que só uma puta pintaria o cabelo dessa cor.

   Não pensei muito quando voei no pescoço da Izabella. Não via nada, somente o rosto dela. A sala entrou em uma desordem total e o professor mas o Vitor tentava,  sem sucesso,  tirar minhas mãos do pescoço da Vaca.

   Nem me lembro muito o que eu fiz. Lembro de ter batido a cabeça dela na parede muitas vezes. Lembro de ter batido o rosto dela na mesa, do nariz dela sangrando, e do pescoço dela em um tom bonito de vermelho.

   Depois que conseguiram me tirar de cima dela, ela correu para os braços de Vitor que a empurrou e veio desesperado até mim.

   - Você se machucou? está bem?

   - Acho que vou passar alguns dias na detenção - digo rindo

   Vitor ri também, mais de alívio enquanto me da um beijo.

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Oiiii amores!
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   Obrigada por estarem sendo minha válvula de escape. Amo todos vocês.
                Debla
PS: O que acharam da capa nova?
              

  

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