Capítulo 31

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(Capitão Willian Balk)

  Observo das sombras, meu ódio aumenta a cada grito que eles abafam, cada vez que eles dão risada de suas súplicas, vejo eles a arrastarem para borda, eles pretendem mesmo continuar com isso, eles pretendem desobedecer uma ordem direta do capitão, sinto meu sangue ferver, meu coração soca meu peito.

  - Como ousam desobedecer uma ordem direta de seu capitão?!

  Quase grito me revelando, eles me olham assustados, posso ver o brilho de medo em seus olhos, menos nos do Imediato, ele toma a garota dos braços de seus homens, escuto sua espada ser desembainhada.

  - Se der um passo sua vadia morre!

  Minhas mãos tremem de raiva, puxo minha esoada.

  - Acha que eu me importo com a vida dessa mulher? Você é mais estupido do que eu pensava!

  Dou um passo em sua direção, e outro, ele nem se move, escuto outra espada, um de seus homens vem pra cima de mim, giro meu corpo desviando da espada e abrindo um corte em sua barriga com a minha.

  - Senhores... Isso é motim!

  Olho de relance para o corpo inerte no chão, a lua ilumina bem o ambiente, o bastante para mim pelo menos, sem o outro nem se mecher o atravesso com minha espada, vejo o brilho deixar seu olhar, falta um.

   - Carter?! Como vai querer fazer isso? Que tal um acordo? Não mate ela e eu não te mato?!

  Abro os braços como que dando espaço para que ele tome sua decisão, ele sabe que morrerá por motim, ele joga Rachel no chão, por alguns segundos duvido que ela ainda esteja viva, não ela está viva!

  Parto para cima do imediato acertando sua cabeça com o cabo de minha espada, ele cai inconsciente.

  Puxo seu corpo até o mastro onde outrora Rachel estava presa, o prendo do mesmo modo, limpo minha espada em sua roupa antes de a guardar comigo, suspiro e seco o suor de minha testa, o vento sopra forte e o frio está rigoroso, empurro os dois homens para o mar, suas mortes não tiveram honra, seus corpos pertencem a Davy Jones, suspiro e caminho até a garota caída no chão, a junto em meus braços, ela treme em meus braços, a levo até meu quarto e a deixo em minha cama.

  - O que você tem de especial?
  Retiro uma mecha de seu rosto e cubro seu corpo  trêmulo de frio e talvez ainda de medo.

  - Quem é você? Você só consegue problemas pra mim... Por que não consigo me livrar de você?

  A deixo em minha cama, tentado a me juntar a ela, pego uma garrafa de rum e vou para perto do timão, sento escorado nele e levo a garrafa até a boca.

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