Dezesseis.

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Luan 🔞

Pela primeira vez eu me permitir chorar na frente dos outros, Mariana já chorava e soluçava, assim como Vanessa, não tinha nem conseguido falar com loirinho ainda.

Nessa: Isso é assunto de família, sai daqui garota.- Falou pra Mariana que fungou e deu as costas.

Lima: Sai daqui tu Vanessa.- Ela me olhou.- Rala, bora.

Nessa: Mas...

Mari: Não precisa disso Lima.- Neguei com a cabeça.

Lima: Eu quero tu aqui, eu preciso de tu aqui.- Puxei ela pro meu lado e a piranha saiu batendo a porta.

Ela deitou a cabeça no meu ombro, abracei ela de lado e ela desabou do meu lado, assim como eu.

Puxei ela pro meu quarto, ela foi sem questionar, ela me puxou e eu deitei a cabeça no colo dela, ela ficou fazendo carinho no meu cabelo e limpando minhas lágrimas.

Lima: Eu vou mandar alguém atrás dela.- Falei com a voz embriagada.

Mari: Por mais que seja difícil pra nós, ela quis assim LL, não podemos fazer nada, apenas aceitar. Pensa como se fosse ao contrário, você quisesse ficar sozinho e várias pessoas atrás de você. Eu não acho certo, não acho justo, mas cada um tem suas escolhas e, infelizmente essa foi a dela. Lutar contra só vai piorar.

Fiquei calado, sabia que ela tava certa, só não queria aceitar. O celular dela vibrou e ela pegou o mesmo suspirando.

Lima: Tenho que ir pra boca.- Depois de uns minutos me levantei limpando meu rosto.

Mari: Tudo bem.- Se levantou da cama e calçou a sandália pegando o celular.- Se cuida.

Lima: Valeu, moreninha.- Beijei a testa dela e ela sorriu saindo.

Respirei fundo e cocei a cabeça, peguei a carta lendo mais uma vez, chorei de novo, pra caralho.

Mari 🌻

Sai da casa da tia com meu peito apertado, lembrei das palavras que ela me disse assim que me conheceu.

"Vou cuidar de você como eu não pude antes...."

Nunca entendi, mas ela cumpriu sua palavra, da melhor forma.

Meu celular vibrou novamente notificando uma mensagem do Yan.

📱 WhatssaPp 📱

Loirinho ❤: Tu vem?
Mari: Vou em casa tomar um banho, daí eu penso.
Loirinho ❤: Me dscpl Mari, porra vlh.

📱WhatssaPp 📱

Bloqueie o celular guardando na cintura, ele sabia que eu iria.

Ele nem sabia ainda da tia Carla e quem daria a notícia era eu, infelizmente.

Chegando em casa tomei um banho e olhei as horas, 16h30 da tarde.

Fazia exatos dois dias que eu nem piso na sorveteira, estava atolada de problemas e acabei esquecendo. Sabia que eu já estava despedida, o que era mais um problema para minha cabeça.

Tomei um banho e coloquei uma calça jeans e uma blusa qualquer, deixei meus cabelos soltos e calcei uma sandália, passei perfume e peguei meu celular junto a meu pouco dinheiro.

Sair de casa trancando tudo e comecei a caminhar em direção a saída do morro, uma moto parou na minha frente fazendo eu cessar os passos.

XXX: Fala tu.- Falou um homem, o mesmo que vivia andando com o Lima e o Loiro.

Mari: Oi?

Peixe: Tá saindo do morro? - Balancei a cabeça.- Te deixo na entrada.

Mari: Não precisa.- Sorri amarelo.

Peixe: Só tô fazendo minha boa ação do dia pô, hoje vai ter invasão e ninguém pode ficar dando bobeira não.- Abrir mó olhão e ele sorriu de lado.

Me dei por vencida e subi na garupa, ele saiu em alta velocidade pelos becos, cortando caminho até a entrada, desci toda descabelada e ele riu.

Mari: Obrigada.- Ajeitei meu cabelo.

Peixe: Que nada, qualquer coisa... Fica na ativa jaé? A invasão tá prevista pras 19h, então nem chega perto.

Mari: Valeu, se cuida tá!? - Ele assentiu e eu acenei e comecei a caminhar pra fora do morro.

Quando me afastei o suficiente, peguei meu celular ligando pro loiro.

📱Ligação 📱

Mari: Vem me buscar.
Loiro: Tu vem mermo?
Mari: Tô umas 3 ruas depois do morro.
Loiro: Dou valor a tu, morena.

📱Ligação 📱

Neguei com a cabeça rindo e guardei o celular, me sentei no banco do ponto de ônibus e fiquei esperando, alguns minutos um cara velho e aparente bêbado sentou no meu lado.

Ele começou umas piadinhas escrotas que me fez querer vomitar, me levantei me afastando e ele me seguiu, ele começou a tentar tocar em mim e eu tentando me soltar.

Mari: Me solta, escroto.- Dei um tapa na mão dele que tentou tocar no meu peito.

XXX: Um pouco de diversão gatinha.- Jogou um bafo na minha cara.

Loiro: Solta ela, caralho.- Chegou descendo a moto com tudo e deu um murro no rosto dele indo pra cima dele.

Mari: Loiro.- Chamei assustada e ele me ignorou continuando a bater no homem, olhei pra esquina e vi um carro de polícia vindo.- Loirinho, por favor.

Loiro: Sai daqui.- Falou frio.

Mari: YAN.- Gritei vendo a polícia se aproximar.- A polícia, vamos embora por favor.- Comecei a chorar e ele soltou o cara em um pulo.

Os policiais pararam já com armas apontadas e ele me puxou pra moto fazendo a gente sair em disparada enquanto escutava alguns tiros em nossa direção.

Mari: Eu te odeio.- Falei quando descemos em uma casa afastada na praia de São Conrado.

Loiro: Desculpa mano, desculpa por tudo.- Segurou meu rosto.- Eu não queria arrumar briga com o Luan, nem falar o que eu falei. Eu falei na hora da raiva, eu juro a tu. Tu é muito mais que só uma piranha pra mim, virou uma das pessoas mais importantes da minha vida, como minha irmã cara.- Eu já chorava e ele me abraçou.- Não fica com raiva de mim.

Mari: Se controla, não faz mais isso.- Deitei a cabeça em seu peito.

Loiro: Vou tentar.- Beijou minha cabeça.

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