No Vidigal

Vinte.

Mari 🌻

Acordei com alguém pulando do meu lado, pensei que era o Luan, mas me decepcionei ao ver o loiro, quer dizer, não me decepcionei, só não esperava.

Loiro: Bom dia, irmã.- Me abraçou e daí eu percebi que eu estava só com a blusa do Luan.

Mari: Bom dia.- Falei sonolenta coçando os olhos?

Loiro: Vamos pra casa? - Assenti.- Mora comigo?

Mari: Fumou o que? - Ri me levantando.

Loiro: Aí pô, não fico muito em casa e eu gosto da tua campainha. Tu sabe que é uma irmã pra mim, pelo menos eu não preciso ir até tua casa pra comer.- Ele sorriu.

O Yan tinha passado da fase de amigo a muito tempo.

Conheço ele em pouco de um mês, mas tudo aconteceu tão rápido.

A sensação de cuidado, de proteção que eu sinto quando estou com ele é incrível.

Como se além de irmãos de consideração, fossemos de sangue.

Mari: Vou tomar banho.

Loiro: Tô falando sério, papo dez pra tu.- Gritou e eu fechei a porta do banheiro.

Coloquei as roupas que o Luan tinha me dado na pia e entrei no box ligando o chuveiro.

Não demorei muito, me enxuguei com a toalha e sai do banheiro já vestida, o loiro já não estava mais no quarto então eu peguei meu celular na cômoda e calcei minhas sandálias e sai do quarto indo pro primeiro andar.

Mari: Cadê o Lima? - Me sentei na bancada do lado do loiro que estava comendo, ele me olhou e respirou fundo.

Loiro: Pô Mari, tu deve saber que o que rolou entre vocês num vai dar em nada, ele só queria te comer.- Senti meu rosto arder.- Não tô falando na maldade, jaé? Tô te alertando, teti a teti já que ele não fez isso.

Mari: Eu já imaginava.- Falei com a voz falha e ele respirou fundo novamente enfiando um pedaço de folheado na minha boca.

Loiro: Mas tu vem morar comigo? - Eu ri.

Mari: Geral vai pensar maldade.

Loiro: Tô nem aí pô, bagulho é de nós dois. Papo de irmandade, de parceria, tá ligada não? - Sorri de lado.- Tu acha que eu já andei com alguém na minha cola tipo tu? Que nada! Por isso que eu quero tu perto de mim, pra eu poder cuidar de tu namoral! Sempre quis ter uma irmã já que a piranha lá num vale de nada pô.

Mari: Você é muito fofinho quando quer.- Abracei ele.- Porém, imagina quando você levar as putas pra casa? - Ri.- Oh loirinho, você é tudo de bom.- Gemi imitando as piranhas do morro fazendo ele rir.

Loiro: Não levo ninguém pra lá, na pureza! Nem eu nem o Ll, nós leva tudo pra salinha.- Arqueei a sobrancelha.- Contigo foi diferente, deve ser porque tu é parceira minha. Aliás, a mocinha não é mais virgem?

Mari: Não fala assim.- Ri escondendo meu rosto no ombro dele.

Loiro: Na moral, tu não era lacrada? -  Neguei com vergonha.

Mari: Perdi com meu ex-namorado.- Ele abriu a boca supreso.- Quer dizer, sabe quando você é besta e as pessoas aproveitam? Então, ele só queria sexo e como eu era inocente ele dizia que era uma prova de amor.- Ri amargurada.

Loiro: Tu ainda é muito inocente pra essa mundão.- Beijou minha testa e me puxou pra fora da casa.