Lima 🔞
Dois dias depois, a moreninha saiu do hospital.
Ver ela daquele jeito, com medo, como se tivesse um vazio dentro dela, me dá uma puta vontade de cuidar dela.
Mas não posso fazer isso, de um jeito ou de outro eu vou acabar alimentando as esperanças dela.
Vanessa tá sumida desde o dia, mas falar pra tu, quando eu tocar nela, neguinha tá fudida.
Lima: Quer alguma coisa? - Abri a porta do quarto dela e ela tava só de calcinha se trocando, ela vestiu a blusa rapidamente me encarando com o rosto vermelho.- Foi mal.
Mari: Tudo bem.- Sorriu fraco e pegou o pente, quando eu vi o braço dele que tava todo roxo, o pescoço e até o rosto, me bateu um ódio do caralho. Ela percebeu meus olhares e se aproximou.- Não liga com isso.
Lima: Ela encostou em tu cara, te machucou.- Ela sentou na cama.
Mari: Já basta o Loiro falando isso.- Riu.
Lima: Falar mais nada.- Sentei do lado dela e ela começou a pentear o cabelo, ou tentar já que parecia que o braço dela tava doendo.- Me dar aí.
Mari: O que? - Me encarou e eu peguei o pente da mão dela.- Não precisa, mas já que começou.
Lima: Tá toda saidinha a senhora.- Ri e comecei a pentear o cabelo dela, quando terminei joguei o pente na cama e me levantei.- Pronto meu amor.
Percebi um sorriso brotar no rosto que me fez sorrir também.
Mari: Obrigada Lima.- Pegou o pente guardando o mesmo.- Você vai pro complexo da maré também?
Lima: Vou pô, família é de lá. Vim te buscar, o loiro já foi, mas falar pra tu. Acho mó idéia errada tu ir, saiu do postinho hoje cara, ficar de repouso.
Mari: Vou ficar sentada, colega.- Calçou a sandália ajeitando a blusa.
Caminhei pra perto dela e puxei segurei a cintura dela, a respiração dela começou a ficar descontrolada e eu tirei uma mão da sua cintura levando pro seu rosto.
Lima: Tu é linda.- Falei baixinho e ela ficou vermelha sorrindo levemente.- Amo quando tu fica com vergonha.- Ela baixou a cabeça.- Eu gosto muito de tu, mina.
Mari: A gente tem que ir.- Levantou a cabeça.
Fui empurrando ela levemente até a parede, encostei ela na parede sem machucar ela e segurei o queixo da mesma e iniciei um beijo sem pressa pra não machucar ela.
Deixei ela conduzir o beijo e ela aprofundou o mesmo levando suas mãos até o meu pescoço.
Quando o ar faltou pra nós eu separei com ela mordendo meu lábio inferior, alisei a cintura dela com meu polegar e deitei a cabeça no ombro dela enquanto ela fazia carinho na minha nuca me arrepiando.
Eu não sabia o que tava acontecendo, minha mente tava a mil.
Essa novinha mexia pra caralho comigo, de um forma louca pra caralho.
Eu me odiava por sentir coisas por ela mesmo sabendo que eu não sou capaz de lidar com ela.
Que eu sou todo errado, vivo falhando e com ela não ia ser diferente.
Mas eu quero ela do meu lado, como uma abstinência.
Lima: Vambora.- Falei baixinho e ela assentiu sorrindo.
Com ela eu era o Luan, com ela eu tentava dar uma atenção a mais, tentava deixar ela feliz.
Mas era uma coisa passageira, sabia que a qualquer momento eu ia fazer merda.
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No Vidigal
RomanceNinguém entra na vida do outro em vão, acredito eu que cada um temos um propósito, uma missão. Algumas missões fazem a gente desacreditar milhares de vezes que nosso propósito é aquele mesmo, porém no fim, nós vemos que se não fosse todas aquelas b...