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Hoje é sexta-feira, e são exatamente 432 dias sem ela

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Hoje é sexta-feira, e são exatamente 432 dias sem ela.

Eu preciso beber.

Levanto da cama, e me movo para o banheiro. Depois de ter feito minha higiene matinal, desço às escadas e entro na cozinha a procura de uma garrafa de whisky.

Tinha um escocês aqui em algum lugar.

Bufo! Não encontrava nada que tivesse uma gota de álcool possível. Já me encontrava desesperado, andando em círculos pela sala.

Eu preciso beber.

Procuro pelo o meu telefone, e disco o número do Breno.

— Breno?

— Fala porra!

— Tá dormindo?

— Agora eu não tô mais né.- pude ouvi-lo bufar.

— Vamos tomar uma, hoje?

— Vai se foder, cara. Deixava pra ligar mais tarde.

— Tô precisando beber.- suspiro.

— Agora?- ouvi o espanto na sua voz.

— Sim caralho, agora!

— Mais são oito da manhã, tá achando que cachaça é café?

— Você vai ou não?- bufo.

— Não, e nem você. Não escondi as bebidas da sua casa atoa.

— O que? Vai tomar no cu! Aqueles escoceses são caros.

— Foda-seeeee.- rolo meus olhos.

— Você parece um desses bêbados de estação de metrô, cara. Para com essa merda.

— Vai começar a viadagem.

— Como quiser, boa sorte pra achar um bar aberto às oito da manhã, tô voltando pro meu sono.

— Não se atreva..

Tu-tu-tu-tu

Filho da puta!

Não acredito que o Breno escondeu as minhas garrafas, e como ele fez isso sem eu ver? Intimidade é uma droga mesmo.

Me jogo no sofá e fito o teto. Imagens do seu sorriso, seu curto cabelo preto cobrindo seu rosto graças ao vento, sua mão indo de encontro aos seus fios espalhados por todo o seu rosto, tentando os organizar atrás da orelha. Suspiro forte, e cubro o meu rosto com minhas mãos.

titânio: feitos pra tudo suportar - II PARTEOnde histórias criam vida. Descubra agora