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Voltei para a faculdade faziam duas semanas, embora eu tenha voltado pelos motivos errados, estou contente por está estudando outra vez, eu só preciso completar esse semestre e metade do próximo para me formar e enfim me tornar um delegado, que se...

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Voltei para a faculdade faziam duas semanas, embora eu tenha voltado pelos motivos errados, estou contente por está estudando outra vez, eu só preciso completar esse semestre e metade do próximo para me formar e enfim me tornar um delegado, que sempre foi o meu sonho.

Arthena, me evita o máximo que consegue e ela faz isso muito bem. Eu não insisto, não quero constrange-la ou invadir seu espaço, isso não é saudável para ninguém, e eu não queria passar uma impressão errada.

Mas não admira-la era inevitável. A observo pelos corredores do prédio todos os dias ao chegar e sair. É impossível  não prestar atenção nela, é como se os meus olhos estivessem abertos apenas para ela, e no momento em que os foco em Arthena, não consigo desviar mais.

Às vezes a pego me encarando, mas ela desvia para tentar disfarçar. E em outras vezes, eu finjo não perceber, só para ter o prazer de ter seus olhos sobre mim.

Ela sempre pega carona com o seu casal de amigos, e nesse momento, Arthena está sentada em um dos bancos da entrada da faculdade, certamente à espera desses amigos.

Estou aguardando o Breno, levei o meu carro pra fazer uma revisão geral, o mesmo tinha combinado de vir me buscar para me deixar em casa.

Essas duas semanas que venho observando-a, percebi o quão paranóica ela se tornou, Arthena não deixa que outras pessoas se aproximem dela, a não ser que ela tenha certeza de que eles não a farão mal algum. Como se eu fosse deixar.

O lado bom de ser um investigador, é que sabemos ler as pessoas assim como prever suas futuras ações. Embora, Arthena seja a mesma em sua boa aparência, é notável que aquela boa menina que eu conheci a um ano atrás, não veio com ela junto com a bagagem.

Ela estava diferente, desde o cabelo as suas roupas.

— A menina vai secar, de tanto você olhar.- deixo meus devaneios, sendo despertado pelo Breno.

— Tá atrasado.- digo, abrindo a porta do carro.

— Culpe a Angela, a maldita está no meu pé desde o dia em que vocês brigaram.

— A gente não brigou.

— Vocês brigam tanto que isso já virou hábito, você nem percebe mais.

— O que? Sábado à noite não foi uma briga, talvez tenha sido uma pequena discussão.

— Ela jogou um prato na sua cabeça, cara.

— Acertou a parede.- dou de ombros.

— Pra expulsar ela da sua casa eu tive que ameaçar a prendê-la. O que você deu para aquela mulher? Ou seria melhor, o que você não deu?- faço uma careta para o mesmo, ao notar sua ênfase na última palavra.

— Vai saber.- dou de ombros.

— Por que você está tão despreocupado?

— Não estou despreocupado, só estou cheio dessa história.

titânio: feitos pra tudo suportar - II PARTEOnde histórias criam vida. Descubra agora