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Uma semana depois do ocorrido no bar

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Uma semana depois do ocorrido no bar. Tudo havia voltado ao normal, inclusive a Angela, que não saia do meu pé. Ela não deixa mais a minha casa, insiste em dizer que o motivo da sua tamanha atenção a mim, é a preocupação, por conta do tiro que tomei, e que preciso de uma mulher para cuidar de mim. Não importa quantas vezes eu diga não, jamais irá surtir efeito sobre ela.

— Angela, o tiro foi de raspão.- disse para a mesma, mas foi inútil mais uma vez, ela me ignorou.

Angela, está nesse exato momento na minha casa e já passou da meia noite.

Meia noite, caralho.

— Não está na sua hora de ir embora não?- pergunto. Ela continua a fingir que não está me ouvindo.

— Está comendo sucrilhos?- ela estende a caixa em mãos, me encarando assustada.

— Estou.- dou de ombros. — É meia noite e você continua aqui revirando a droga do meu armário.- digo, mas sou ignorado. Bufo.

— Sua alimentação está péssima, vou jogar fora.

— Tá louca?

— Isso foi feito pra crianças, não te sustenta.- ela caminha até o lixo e me olha com a caixa em mãos.— Além disso, você levou um tiro, precisa cuidar da sua saúde e a alimentação ajuda.

— Foi de raspão, a merda de um tiro de raspão!- me exalto, ela me encara mas ignora, jogando meu cereal no lixo.

— Depois você vai me agradecer.

— Que depois Angela?- aumento meu tom. Bufo, por ser ignorado dentro da minha própria casa. — Você não tem plantão ou coisa assim pra fazer não? Ou alguém pra cuidar, tipo um filho?- dou ênfase a palavra final.

— Não. E ele está com a minha mãe.- ela diz, enquanto abre meu armário.

— Por que a sua mãe está com seu filho?

— Porque eu não estou em casa.

— Seu filho mal te ver com tantos plantões, deveria aproveitar suas folgas para passar com ele.- digo.

— Ele está bem.

— Você nem liga.- ela para o que está fazendo, e me encara.

— Sabe que não é assim.

— Mais é o que você mostra.- a observo suspirar.— Vai embora, Angela.

— Por que você é tão ingrato?

— Não estou sendo ingrato, você está sendo. Acabei de te falar que é melhor você ir para casa ficar com seu filho, que sente sua falta. Pois eu estou perfeitamente bem.- Angela,me encara por longos segundos.

— Felipe não levou um tiro, você sim. Ele é uma criança esperta, vai entender.- e quem tenta ignorar o que o outro acabou de falar, agora sou eu.

titânio: feitos pra tudo suportar - II PARTEOnde histórias criam vida. Descubra agora