Segunda parte do livro; "feitos para tudo suportar"
Um ano e dois meses depois da tragédia, Arthena se reencontra com o Théo. Será o acaso, ou o destino?
Adicionem meu novo livro em sua biblioteca, HONEY! 😘
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— Você tá péssimo, cara, qual foi o brega que você passou a noite?- ignoro as brincadeiras do Breno, e tomo mais um gole do meu café preto.
— Procura essa placa pra mim.- anoto o número na folha e entrego pro mesmo.
— Qual o caso?
— Não é um caso.
— Tá virando stalkear agora, porra.
— Só busca a placa, por favor.
— Você quem manda, chefe.- ele diz, indo até a sua mesa.
Alguns minutos depois ele volta, colocando alguns papéis em minha mesa.
— Mário da Costa Silva, 48 anos, relatou a um ano atrás o roubo do seu celta, pobre Mário.
— Prossiga.
— Mário rima com otario, mas esse não é tanto assim.- encaro o mesmo sem entender.— O cara é policial, e deixou seu carro ser levado, que de acordo com ele, quatro homens armados o cercaram e tomaram seu celtinha.
— Conversa estranha.
— E não acaba aí.- assinto para que o mesmo prossiga.— O cara tem algumas denúncias, abuso de poder, assédio sexual e...
— E o que?
— Ler isso aqui, cara.- tomo o papel de sua mão e começo a ler.
— Milícia?
— Pelo o que parece sim.
— Vasculha a vida dele, quero tudo na minha mesa ainda hoje.
— Não é assim tão fácil, meu camarada, você sabe como são as coisas aqui.
— Eu quero isso ainda hoje, Breno!
— Abre um inquérito, permita se tornar um caso e a gente agiliza isso da forma correta, sabe como são essas burocracias.
— Eu não tenho tempo pra burocracias, Breno!
— Não pode continuar com isso então.
— Você acha que é quem pra me falar o que posso ou não?
— Calma cara, eu sou seu amigo, to aqui pra te ajudar.
— Então me ajuda, caralho!
— O que esse cara te tez?
— Apenas me traga tudo, nome da mãe, do pai, até mesmo do papagaio, eu quero absolutamente toda a vida dele na minha mesa ainda hoje.
