Segunda parte do livro; "feitos para tudo suportar"
Um ano e dois meses depois da tragédia, Arthena se reencontra com o Théo. Será o acaso, ou o destino?
Olá, tudo bem? Antes de vocês lerem o capítulo, eu gostaria de fazer um pedido a vocês, será que poderiam adicionar meu próximo livro a história de vocês? O nome é Honey, prometo que não irão se arrepender! Xoxo💖
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Meu final de semana tinha tudo para ser ótimo, assim como os anteriores, mas foi interrompido depois de uma noite sentada em uma cadeira da delegacia. Eu tinha o resto do meu domingo para aproveitar, precisava atualizar algumas séries e ligar para alguns amigos na Bahia, a saudade me acompanha todos os dias.
A Juliana, ainda não tinha dado sinal de vida. São cinco da tarde, eu havia acordado a pouco tempo, ela provavelmente só acordará amanhã, não a julgo, se eu pudesse também acordaria apenas amanhã.
Meu dia havia começado tão bem, jamais poderia acreditar que terminaria comigo pedindo ajuda ao Théo, porque em tantas pessoas para me ajudar, o único disposto foi ele?
Azarada!
Tento reprimir qualquer sentimento que brota dentro de mim ao vê-lo. Estaria mentindo para mim mesma, ao dizer que o esqueci completamente e que não existe mais nenhum pedaço dele em mim, mas infelizmente existe sim.
Eu queria culpá-lo por toda a desgraça que aconteceu, mas seria covardia de minha parte fazer isso, até porque a única culpada de tudo, é apenas eu. Se eu tivesse ficado no meu canto, sem me meter onde não deveria, talvez ele ainda existisse vivo, talvez eu não estivesse chorando por outra perda em minha vida.
Lucas.
É tudo culpa sua. Você mata a todos que ama, e quando não consegue destruí-los, eles simplesmente a deixa.
Théo.
Por que merdas estou chorando? Chorando outra vez, sozinha e solitária.
— Arthena?- enxugo meu rosto, e respiro fundo antes de responder a Juliana, que batia na porta do meu quarto.— Arthena?
— Oi.
— Posso entrar?
— Sim.
Ela não tinha um semblante dos melhores, sua cara estava horrível, e não parecia ser pelo o estrago da noite passada.
— Aconteceu alguma coisa?- pergunto, ao vê-la parada, de costas para a porta.
— Primeiro eu quero te pedir desculpas, eu estava bêbada, mas isso não justifica eu ter te tratado mal.
— Está tudo bem, eu compreendo.
— E desculpas pela a noite na delegacia, não queria ter te envolvido nisso, é sério, estou tão sem graça.
— O pior já passou, está tudo bem mesmo.
— E.. obrigada, por tudo, pela noite passada, pela paciência e por ser a melhor colega de apartamento do mundo, tão atenciosa e cuidadosa, muito obrigada mesmo, você me salvou ontem.- ela se aproxima para um abraço, assim faço.
