Segunda parte do livro; "feitos para tudo suportar"
Um ano e dois meses depois da tragédia, Arthena se reencontra com o Théo. Será o acaso, ou o destino?
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Estive evitando o Théo a semana inteira, não que o mesmo tenha tentando falar comigo, ele apenas me observa, sei disso porque sinto a minha pele queimar diante o seu olhar. Ele não tentou se aproximar de mim nenhuma vez, sei que o mesmo não dar a mínima para mim, mas ainda assim, pelo o seu semblante preocupante do final de semana passado, ficou evidente que o mesmo se comoveu, talvez fosse pela culpa ou talvez ele só esteja fingindo mesmo.
A Juliana, tentou conversar comigo durante toda a semana, mas eu venho fugindo das suas tentativas, depois da minha ida ao psicólogo, o Rafael, venho me sentindo mais aliviada.
Estou a caminho da faculdade, o campus não fica muito longe, mas ainda assim eu prefiro ir de carro com o meu casal de amigos, infelizmente hoje, estou indo sozinha, o medo está em mim para qualquer lugar que eu vá, mas a noite e sozinha, ele dobra, sinto meu coração acelerar a cada passo que eu dou, já posso avistar as luzes forte do campus de onde estou, mas ainda assim, não deixo de sentir medo.
— Arthena?- Sinto uma mão sobre o meu ombro, me afasto no mesmo instante e o encaro assustada. — Nossa, me desculpas, eu não queria te assustar.
Ponho minha mão sobre o meu peito, e tento relaxar, diminuindo a minha respiração.
— Você me assustou.- digo, para o Renan, um colega de classe.
— Você estava andando tão rápido, que não me ouviu te chamar.
— Pois é, estou atrasada.- digo, Andando.
— Nossa primeira aula só começa daqui a 20 minutos.
— Não é para a aula que eu estou atrasada.- digo.
— Oh. Me desculpas pelo o susto, mesmo que não tenha sido intencional.
— Tá tudo bem.
— Tem certeza? Posso te pagar uma água, você está branca feito papel.
— Eu estou bem.- digo o encarando. — E além disso, temos bebedouros em todo o prédio.- digo, acelerando meus passos.
— Então, você conseguiu criar sua defesa para a obra?
— Sim.
— Eu também, por sinal.
— Humm.
— A turma vai se reunir amanhã pra analisar o de todos, caso alguém precise de ajuda, sabe?
— Onde? No campus?
— Em um barzinho na Augusta.
— Espero que se divertem.
— Você pode se divertir com a gente.
— Agradeço o convite, mas eu não preciso de ajuda.
