Capítulo 10

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Na sexta-feira...

Estou tomando café com os meus pais antes de ir para a escola. Penso bastante sobre minha escolha ontem naquela tarde e tenho razão.

Mal conheço a história do garoto e já estou cuidando da vida dele e esquecendo da minha - Reflito.

Mas não sei o que deu em mim, após ver aquele menino quis me aproximar cada vez mais, só sinto que devo desvendar esse mistério.

- Filha hoje eu vou te buscar na escola, pois em seguida quero ir fazer umas compras em um shopping próximo. - Minha mãe fala, e permaneço calada.

- Marta, você com essa mania de gastar dinheiro na hora errada... Não vê que estamos atolados em dívidas? - Meu pai retruca.

- Está bem... Por enquanto. - sussurra minha mãe com um olhar malicioso.

Esses dois, sempre tendo discurções sobre dinheiro...

(...)

Agora estou sentada no pátio, graças a falta de um professor de física que diz estar doente de última hora.

Grande parte dos alunos já foram dispensados, mas resolvi ficar mais uns instantes na biblioteca. Até a Isa já foi embora, hoje combinamos que amanhã ela iria na minha casa fazer aquele trabalho de geografia. O sinal bate e todos os alunos que estavam na escola foram liberados.

Quando eu estava finalmente indo embora, um turbilhão de alunos passava correndo em direção ao pátio

Bem acho que não faz mal ver o que está acontecendo...

Saio correndo para acopanhar o pessoal e posso escutar gritos vindos da direção em que a multidão estava indo.

- E AÍ? NÃO VAI FALAR NADA? SEU LIXO! - Grita um rapaz que parece ser bem popular pela quantidade de garotas que estão babando perto dele. - O QUE FOI ESQUISITO? O GATO COMEU SUA LÍNGUA? - Fala e a pessoa oculta permanece calada.

Quando vou me aproximando vejo que... É O ÉRIC!

- VAI SE FERRAR SEU IDIOTA! - O garoto que já sangrava falou com o resto de força que lhe restava.

- Ah! SEU INFELIZ! VAI SE ARREPENDER DE TER NASCIDO... AU! -Todos olhavam atentamente para a cena. Não me contive, tinha que fazer alguma coisa.

Havia pego uma vassoura e acertei bem forte na cabeça do mauricinho, antes que ele ferisse quem já sofria com a dor.

- O-o que você fez? - Éric diz olhando o brutamonte cair após a pancada.

- Estava de ajudando! - Respondi o óbvio.

- Vem comigo. - A figura alta me puxa para o mais longe possível daquele lugar.

- Sobe e segura firme na minha cintura! - Ele ordena.

- Ahm? Como assim, subir aí? - Pergunto receosa, eu não conheço esse garoto e nem suas intenções.

- Confia em mim, ok? - Ele pede e eu assinto em resposta.

O que estou fazendo? Acho que minha mãe tinha razão quando falou ao meu pai que se me prendesse demais em casa um dia eu faria uma loucura.

Demorou um pouco e logo paramos.

- Ah! Finalmente chegamos! - O garoto diz.

- M-mas o que é isso?

Garoto Misterioso (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora