ALICE
Triste... Sentimento que define meu coração. Não aguento mais ficar presa aqui! Parece que a polícia é tão incompetente, que dá até um misto de raiva e angústia.
Estou deitada, decidindo qual posição me deixa mais confortável, porém nenhuma me satisfaz, principalmente num momento desses no qual nem que tivesse uma cama ortopédica iria me deixar mais confortável.
Nos últimos dias tentei várias maneiras de fugir, até pensei, mas eram tão bestas que não mereciam nem ao menos interesse.
• Me desprender da tornozeleira com um grampo ou qualquer outro instrumento minúsculo que ajudasse (não faço ideia de como usa-lo, e muito menos onde o acharia).
• Tentar partir a corrente (demência) *risos de desespero*.
• Gritar por ajuda (inútil).
• Ficar em silêncio e morrer aos poucos (a melhor/pior questão).
Nada daria certo. E sempre que algo ininteligível surgia, e eu colocava em prática, meio mundo de surras vinham ao meu encontro. Acho que a última opção é a mais possível infelizmente.
Escuto barulhos vindos do outro lado da porta. O medo toma conta de mim, e a única coisa que consegui fazer foi me encolher no canto da sala.
De repente a porta é aberta. Com a visão meio turva consigo ver a imagem de um jovem.
- Alice? Está viva? Sou eu Éric. - Escuto a voz dizer, e ao ouvir as últimas palavras, já posso imaginar como os meus olhos devem brilhar agora.
- Éric! O que faz aqui? Como veio parar aqui? - Indago simplesmente sem entender o que ocorre.
- Graças a ela! - Ele diz, e logo uma bela menina, que aparenta ser um pouco mais nova aparece. Ela era alta, com olhos claros (cor avelã), cabelos lisos e pretos.
Logo uma visão rápida me faz voltar ao dia que fui à casa do Éric. Lembro-me da foto de toda a sua família, e a menina era idêntica, só que um pouco mais nova.
- Curtinney? - Me surpreendo.
- Exatamente! Você deve ser a namorada do meu irmão, não é? - Ela pergunta e na sua voz vejo gentileza e suavidade.
- Não! Somos apenas amigos... Bons amigos. Mas o que fazem aqui? - Pergunto enquanto Éric rapidamente vem me livrar das correntes.
- Eu que te pergunto! O que fizeram com você? Olha essas feridas, esse canalha foi capaz de te maltratar? - Ele pergunta angustiado e assinto que sim. - Pois ele vai pagar isto o resto que lhe resta de vida!
Eles me ajudaram a levantar e fomos andando pelos corredores. E sinceramente o medo me cobria. Estava arrepiada, e a preocupação me consumia, se fomos pegos? Será que vamos conseguir sair deste literal inferno? . Estas eram umas das milhares de perguntas que me atormentavam.
Corremos muito, fomos depressa sair daquele local, e logo estávamos em uma reserva florestal. Árvore, árvore e mais árvore, era tudo isso que víamos a nossa frente.
- Achou que não ia acha-los? - Escutamos uma voz falar, e quando vimos era Ronny com sua aparência cada vez mais doentia.
- O que você queria? Que ficassemos para tomar um chá? Seu louco! Não sei o que você quer, mas sei o que eu quero PAZ! P-A-Z, PAZ! - Falo sem mais decência.
- Pois você terá paz minha querida... NO SEU CAIXÃO SUA VADIA! - Ele grita e mira em minha cabeça.
A única coisa que consigui captar, foi o som do tiro. Achei que ali seria o meu fim. Só ouvia os soluços de Curtinney. E para minha surpresa eu escutei um "Não" sendo gritado. E então vejo Éric de jogar na minha frente.
O tiro foi diretamente em uma parte do peito esquerdo de Éric. Somente vi o seu corpo cair no chão com o impacto.
ELE NÃO PODE MORRER! NÃO!
E então a polícia chega prendendo Keninton. Quando olho para sua face pela última vez, um sorriso se abre em seu rosto.
- DESGRAÇADO! COMO FEZ ISSO COM SEU FILHO? DESGRAÇADO! - As palavras saíam pela minha boca desesperadamente.
E então me ajoelhei. Ali me rendi perto ao corpo de Éric que já estava prestes a ser levado para uma UTI. Isso não pode estar acontecendo! E como meu último contato, cheguei perto o suficiente e o beijei. O beijei sem forças, mas beijei. Senti mais uma vez seus labios gélidos e ali na despedida disse:
- Seja forte meu amor...
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OMG! O que será que acontecerá?
#Millagrimasporsegundo!
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Garoto Misterioso (EM REVISÃO)
Misteri / Thriller"Olá! Sou Alice Johnson, e eis aqui a minha história: Sou uma garota que digamos... Tem mais problemas do que anos de vida. Moro em Minnesota, mas acho que essa localização não vai durar. Meus "queridos" pais são a Sra. Marta Johnson e o Sr. Will...