Capítulo 11

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- É-é lindo! - Falo maravilhada com a vista.

- É, eu sei! - Ele diz tirando o capuz.

- Por que me trouxe aqui? - Perguto sem mais escrúpulos.

- Só queria esclarecer algumas coisas. - Éric me responde sem tirar os olhos da vista.

- E precisava ser 11 quilômetros longe da cidade?

- E você acha que eu ia conversar com você sem estar longe e confortável? - Indaga se apoiando nas letarais da ponte.

- Não sei... Mal te conheço! - Retruco já meio receosa. Apesar de eu ser curiosa, não sou muito de confiar assim de cara.

- Não foi o que eu vi naquele dia que você me seguiu. - Ele diz me surpreendendo.

- Eu te seguindo? Se toca garoto! - Digo meio triste pelo meu plano não ter sido tão discreto assim

- Hunhum! Alice eu vi você me seguindo. Antes percebi que alguém me olhava até de mais, daí quando olho para trás uma certa pessoa estava no 4° andar, se batendo com todos os alunos. - Fala soltando um discreto sorriso se lado.

- Pode ter sido uma mera coincidência... - Tento disfarçar mas no final termino me rendendo com uma gargalhada.

Olho e parece que ele me trouxe para um tipo de ponte abandonada. Era tudo tão lindo! Não pude me conter e me deparei com a boca escancarada. Depois de fechar minha boca rebelde ainda me vem o pensamento:

Que diabos eu estou fazendo aqui? Esse cara mal me conhece, é estranho, nada confiável. Que droga é essa?

E vejo que é verdade, por que que estou aqui?

- Por que me trouxe aqui? Falando sério! - Solto sem querer as palavra. Mas também tenho razão, sei lá se esse cara é um pisicopata e me trouxe aqui como mais uma doce vítima, e sua carinha de trouxa?

- Porque queria saber o porquê de você me seguir. Ninguém liga para mim e eu não ligo para ninguém, aí vem uma garota e fica vasculhando meus registros escolares. - Ele diz e percebo que a errada fui eu.

- Ah sei lá... Curiosidade. - Respondo. - Mas... Afinal, quem era aquele cara que te bateu e por quê? - Indago curiosa.

- Era o Austin Miller, ele se acha o playboy riquinho da escola. - Ele fala com desgosto. - E ele me bateu porque o ignorei. - Finaliza.

- Mas que idiota! - Falo do tal Austin.

- Pois é, ele é da turminha daquela garota que te pertubou naquele dia, Mellanie Agostini. - Fala com nojo daquela patricinha oferecida. - Mas acho que aquela vassourada vai deixar ele quieto por um bom tempo... É... O-obrigado. - Éric agradece, acho que não é muito experiente nisso.

- De nada. Mas me responde, por que você é assim fechado? Onde você mora? - Falo vomitando todas as minhas dúvidas guardadas.

- Eh... Nossa já está um pouco tarde seus pais devem estar preocupados. - Ele esquiva do assunto.

- E os seu também. - Digo até vê-lo me encarar com um olhar triste e raivoso.

Não digo mais nada, só obedeço subindo na moto até ele chegar a escola e me deixar por lá.

(...)

Estou deitada em minha cama, o dia foi bem agitado e cansativo. Não sei o que aconteceu hoje, só sei que foi muito, mais muito estranho.
Penso mais um pouco até que o sono caiu sobre os pensamentos que me rodeavam, e ali adormeci.

Garoto Misterioso (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora