Capítulo 15

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----- Alice -----

Provavelmente meu plano está indo como eu planejava, a essa hora com certeza o Éric já deve ter lido a minha carta. Mas acho que fui um pouco insensível ao escrever aquelas palavras... Porém já foi feito e isso é o que importa.

Vocês devem estar se perguntando: Como eu consegui tantos fatos?

Primeiramente, quando fui a internet pesquisei: Caso da família Hupsel. E simplesmente foram aparecendo: notícias, teorias, fofocas e etc. Resolvi avançar nas teorias e o mais engraçado é que todos os legistas da cidade queriam fazer a autópsia do corpo da mãe do Éric, mas a polícia não permitiu. E ainda tem um detetive que disse que ao chegar junto com a equipe da polícia na cena do crime, não havia nada embaixo do corpo da vítima, que a tenha ajudado a chegar ao lustre. E tudo isso já foi o bastante para comprovar um assassinato.

Após cinco minutos de atraso, o garoto chega com sua moto e vem até a minha direção com cara de poucos amigos (entendeu a referência?).

- O-O QUE VOCÊ QUER DE MIM EM? QUER QUE MEU CORAÇÃO JÁ FALIDO CHEGUE AO FUNDO DO POÇO? - Ele fala deixando uma lágrima descer de seu olho direito. - Já não acha que eu sofri bastante para esquecê-los?... - Falava até que interrompi suas palavras com um abraço inesperado que de um jeito ou de outro ele teve que contribuir.

- Você nunca vai e nunca deve esquecer eles. Você só deve esquecer como eles morreram. - Digo e ele se solta do meu abraço.

- Como? - Pergunta triste.

- Vivendo! Não se permita ficar se escondendo pelos cantos. A vida tem muito a te dar e você não pode desperdiçar seu presente com o passado! - Digo meio eufórica, e vejo que ele ficou meio impressionado pelo meu discurso. - Prossiga. - Conclui.

- Mas eu só quero entender... -Ele diz com um semblante de decepcionado.

- Ok! - Disse e fui falando tudo sobre o assassinato de sua mãe, enquanto ele ouvia com os olhos já encharcados, mas parece que ele fazia de tudo para as lágrimas não caírem. - ... Ou seja os policiais foram comprados. - Falo encerrando as notícias.

- Claro tudo faz sentido! - Ele diz e acho que lembrou de algo. - Depois do assassinato do meu pai, minha mãe só vivia preocupada, e sempre recebia ligações que a deixavam atordoada. Estava louca para se mudar para a Inglaterra, mas antes disso... Você já sabe.

- Então parece que ela estava sendo ameaçada de morte, em troca de algo, mas preferiu fugir. - Digo refletindo. - Mas acho melhor deixarmos isso para outro dia, você já recebeu notícias demais, e já está ficando tarde. - Falo encerrando o assunto.

- Muito... Obrigado, Alice. - Ele diz me dando um abraço que se dependesse de mim, nunca nos soltariamos.

- De nada. - Falo meio sem graça. - Mas quero te ajudar ainda ok? - Digo estendendo a mão.

- Feito - Ele aperta firme a mesma.

E dali se formou uma firme aliança...

Alguém pode buscar o meu remédio?

Garoto Misterioso (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora