Capítulo Doze

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Já adianto, segurem os forninhos de vocês, que a mamãe aqui hoje tá malvada :)


|Inácio|

Deixei Baleia deitada no sofá e fui até a janela. Observei ela entrar no carro. Maldita garota que me deixava confuso.

Ouvi barulho na tranca e a porta se abriu. Samuel entrou puxando uma mala e fechou a porta logo em seguida.

— Boa noite, família — Diz, sorridente.

Não evito sorrir também.

— Porque não avisou que estava voltando? — Questiono, indo até ele para lhe dar um abraço.

— Quis fazer surpresa — Me abraça de volta.

— Conseguiu — Digo, me soltando dele.

— Deixa eu ver uma coisa aqui.

Samuel anda até a janela e o sigo para ver o que tanto desperta seu interesse.

— O que foi? — Pergunto, curioso.

— Vi uma loirinha gostosa saindo do prédio, sabe me dizer se é moradora nova? — Não sei dizer o que aconteceu comigo, mas tranquei o maxilar e me afastei.

— A única moradora nova é morena — Digo, me sentando no sofá, tentando ignorar o assunto.

— Bonita e solteira? — Pergunta, com um sorriso sacana nos lábios.

— É bonita, mas não sei se é solteira, deve ser, vive dando festas — Reviro os olhos ao lembrar de todas as festas que vem deixando os moradores irritados.

— Até que enfim alguém animado se mudou para esse lugar. Só vive velho aqui e você — Não aguento e começo a rir.

— Você também vive aqui, gênio, pelo menos quando não está viajando — Ele assente.

— Acho que vou passar uma boa temporada em casa agora — Levanto uma sobrancelha, questionando suas palavras.

— Por que? — Ele dá de ombros.

— Fui demitido — O encaro sem acreditar.

— Que pai demite o próprio filho? — Bom, acho que eu sabia a resposta.

— Você sabe que desde dá... bom, desde que aconteceu aquilo, meu pai se fechou e ele nunca aceitou o fato de eu ter ficado do seu lado, mas ele me aturou pela mamãe, mas agora a velha não está mais aqui para me defender e garantir meu lugar na empresa, ele me chutou, mas eu não ligo, ainda tenho o dinheiro da minha mãe, as joias, então eu vou abrir meu próprio negócio.

— Eu sinto muito cara, você sabe que seu pai e eu nunca nos demos bem, nem quando estava tudo bem, mas não quero ser a causa do distanciamento de vocês — Sou sincero.

— Ei, cara, você é minha família, eu sempre irei escolher você. Tu és o irmão que nunca tive — Ele se aproxima e me dá um abraço.

Depois do clima sentimental que tomou conta do apartamento, Samuel foi para o quarto dele e eu fiquei planejando minha aula para o dia seguinte.

Alguns dias depois.

|Laura|

Eu estava suando, enquanto seguia até a minha aula com Inácio. Eu tinha ouvido dicas demais e fiquei confusa se isso realmente iria funcionar. Conversar sobre sexo com a minha mãe nunca foi difícil, mas ouvir ela me contar uma das suas artimanhas para seduzir meu pai, me deixou muito desconcertada.

Querido ProfessorOnde histórias criam vida. Descubra agora