Bônus Semanal - Enzo

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|Mariah|

Uma forte luz era direcionada aos meus olhos e eu não conseguia ver nada além dela.

— Consegue me ouvir, Mariah? Quantos anos você tem? Qual o nome da sua mãe? — Perguntava um senhor que eu não conhecia.

O ambiente branco e o cheiro característico me diziam que eu estava em um hospital.

— Meu bebê — Digo, com os olhos deixando escapar algumas lágrimas.

— Você sofreu um acidente, Mariah, você se lembra disso?

Alguns flashes de memória do acidente vêm a minha cabeça e assinto para o médico.

— Sentimos muito, mas você não estava utilizando o cinto de segurança e acabou sendo arremessada para fora do carro. Seu bebê infelizmente não sobreviveu ao impacto.

— Nãooooooooooooooooooooooo — O grito desesperado sai da minha garganta.

Minha garotinha, não!

— Mariah — Enzo se aproxima de mim, mas o olho com puro desprezo.

— SAIA DAQUI! A CULPA É SUA, VOCÊ MATOU MINHA FILHA! EU ODEIO VOCÊ! EU ODEIO VOCÊ! — Tento me levantar, mas o médico e as enfermeiras me mantem na cama. Acho que eles me dão algum medicamento, porque caio em um sono profundo.

|Enzo|

— Então o bebê não era seu? — Pedro me pergunta pela terceira vez.

— Não, não era... mas era como se fosse. Eu sinto tanto por isso... — Lágrimas escorrem e Pedro tenta me confortar.

— Foi um acidente, irmão e a Mariah vai te pedir desculpar por isso — Ele não entenderia a gravidade do problema.

— Ela nunca vai me perdoar, Pedro, ela acha que viu uma coisa que não aconteceu e nada do que eu venha a dizer vai mudar a opinião dela. Tudo que eu posso fazer é ir para bem longe.

— Você vai embora? — Pergunta, preocupado.

Assinto.

— Eu conversei com aquele amigo do papai, mas parece que aquela vaga na Marinha não está mais disponível, porém ele me convidou para um curso que ele está montando. Os melhores irão pra uma missão no Haiti e pode apostar que eu estarei em primeiro lugar, Pedro.

— Não faça isso, não fuja, tente consertar as coisas com ela — Nego com a cabeça.

— Mariah já perdeu pessoas demais, Pedro, ela jamais irá me perdoar por mais essa perda, por mais que eu não tenha culpa. Então eu irei embora e deixarei ela aqui, lidando com a dor dela. Talvez um dia ela esteja pronta para conversar comigo, mas isso não vai acontecer tão cedo. Vou construir uma carreira e ser excelente em algo, porque vamos ser sinceros, você e Laura nasceram para fazer faculdade. Isso nunca foi o que eu quis para mim. Talvez descarregar minha raiva atirando me torne alguém mais calmo — Pisco para ele.

— Nossos pais já sabem? — Afirmo com a cabeça que sim.

— Contei hoje de manhã e estarei embarcando hoje à noite.

***

E naquela noite eu deixei o Rio de Janeiro, rumo a São Paulo, onde faria o curso, no qual passei em primeiro lugar, me fazendo ser um dos melhores soldados enviados para o Haiti.

E naquela noite eu deixei o Rio de Janeiro, rumo a São Paulo, onde faria o curso, no qual passei em primeiro lugar, me fazendo ser um dos melhores soldados enviados para o Haiti

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Gente esse bônus curtíssimo e o encarramento de Enzo e Mariah, neste livro. Mas toda a treta só vai ser explicada no livro deles. Beijos, até Sábado ♥

Querido ProfessorOnde histórias criam vida. Descubra agora