Capítulo Vinte e Quatro

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Laura

Uma semana havia se passado desde que tudo aquilo caiu no meu colo. Fingi estar doente novamente para não ter que sair da cama. Apenas Isabella sabia de tudo, mas eu precisava contar aos meus pais.

Por isso aproveitei que Pedro havia saído e que estávamos apenas nós, em casa. Eles estavam aninhados no sofá assistindo um filme, quando eu reuni coragem para chegar perto dos dois.

— Vem assistir com a gente, filha — Meu pai sorria, enquanto pegava mais pipoca no balde da minha mãe.

— Eu preciso conversar com vocês e é um assunto muito sério — Eles se olharam alarmados e meu coração parecia a ponto de sair pela boca.

— O que aconteceu, Laura? — Minha mãe perguntou preocupada.

— Eu estou grávida — Disse logo e eles me olharam surpresos e chocados.

O silêncio reinou na sala e meu pai levantou revoltado.

— Quem foi? — Meu pai perguntou com muita raiva.

— É dele? — Minha mãe pergunta e eu assinto.

— Quem é ele? — Meu pai nos olha decepcionado por ter sido excluído.

— Agora não importa mais, pai. O que vocês precisam saber é que estou sozinha nessa e meu filho só terá a mim.

— O que aconteceu querida? — Minha mãe me abraça.

— Ele era casado mãe, acho que eles estavam brigados, algo assim, e ele voltou para ela. Escolhi não contar sobre o bebê, meu filho, ou filha, não merece um cara desses como pai — Choro e minha mãe me abraça.

— Eu vou matar esse desgraçado, me fala aonde ele mora que eu vou lá quebrar a cara dele! — Diz, meu pai dando um soco na parede, nos assustando.

— O senhor não vê que eu não o quero perto de mim, pai? Ele não merece esse bebê e só vai trazer mais dor para nós dois — Passo a mão pela barriga chorando e ele me abraça.

— Você não precisa dele, filha, nós estamos aqui por você — Os dois me abraçam e choramos todos juntos.

***

Depois de horas conversando com meus pais, contato tudo que eles precisavam saber, eu me recolhi para meu quarto. Estava cansada demais e tudo que eu queria, era dormir.

— Diz que o que o nossos pais me contaram não é verdade! — Pedro entra no meu quarto muito nervoso.

— Eu queria muito que não fosse, Pedro — Eu já estava cansada de chorar por esse assunto, mas bastou olhar para o meu irmão, para que mais lágrimas brotassem em meus olhos.

— Como pode ser tão descuidada, Laura? — Ele se senta na minha cama e me abraça.

— Eu tomava remédio, Pê, nunca foi minha intenção ficar grávida, eu juro — Ele acaricia minha cabeça.

— Eu sei baixinha, me perdoa por brigar com você, mas estou com tanto ódio daquele babaca. Como ele pode enganar você desse jeito?

— Não quero mais falar sobre ele, entendeu? Inácio morreu para mim.

— E se ele voltar, exigindo ficar perto da criança? — Olho em pânico para ele.

— Ele não sabe da gravidez e nunca vai saber, entendeu? — Ele assente.

***

Mais tarde naquela noite eu resolvi que todos precisavam saber, por isso peguei meu notebook e aproveitei que Enzo estava online.

Querido ProfessorOnde histórias criam vida. Descubra agora