Capítulo Trinta e Três

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Laura

Passamos a tarde largadas no sofá assistindo animações da Disney. Preparei pipoca e ficamos horas aconchegadas uma na outra. Até então eu não tinha tido a oportunidade de estar com Anaya e conhecer mais dela, mas naquele momento eu tive, e ela era uma menina encantadora. Meiga, carinhosa e bondosa, eram só algumas das suas qualidades.

No fim da tarde, Luz começou a reclamar de dor na garganta e fiquei atenta.

Coloquei um bolo de cenoura para assar e deixei elas brincando no andar de cima, no quarto da Luz.

Senti o celular vibrando no bolso e o peguei. Era Inácio.

— Oi — Disse prendendo o celular no ombro, enquanto lavava a louça que havia sujado para fazer o bolo.

— Está tudo bem por aí? Anaya está dando trabalho. — Pergunta.

— Sim, está tudo bem, não se preocupe, Anaya é um amor de criança. Elas estão brincando lá em cima enquanto faço um bolo para o café da tarde e a noiva do Samuel, como está? — Pergunto querendo ter notícias dela.

— Foi um acidente de carro e ela acabou quebrando a perna em dois lugares, e fez uma cirurgia, mas aparentemente ela está bem e vai se recuperar.

— Fico feliz por ela, não pela perna quebrada, mas por não ter sido algo mais grave — Digo, secando minha mão no pano de prato.

— Sim... volto amanhã à tarde — Fico sem saber o que dizer.

— Laura, está aí? — Pergunta.

— Sim — Ele respira forte do outro lado.

— Podemos conversar amanhã, à noite? — Encaro a janela.

— Sim, podemos — Digo, por fim.

— Então até amanhã — Diz.

— Até.

Desligo o telefone e vou verificar o bolo. Espeto um palito e sai limpo, mostrando que já está pronto. Retiro ele do forno e deixo em cima da mesa esfriando. Pego a calda de chocolate que já havia preparado e jogo por cima.

— Que cheiro bom, tia Laura —Diz, Anaya me assustando.

— Não te vi chegar, princesa — Ela sorri.

— Papai não sabe fazer bolos, na verdade ele cozinha muito mal, mas eu não falo nada para ele não ficar triste — Anaya diz me fazendo rir.

— É mesmo? — Ela assente —, onde está a Luz? — Pergunto.

— Ela disse que estava com sono e dormiu. Acho que ela está ficando doente. Quando eu estou dodói, só quero dormir também — Ela explica bem rápido.

— Eu vou lá em cima dar uma olhadinha nela e já volto para a gente comer esse bolo, ok? — Ela assente sorrindo.

Subo as escadas e entro no quarto rosa da Luz. Ela está dormindo toda encolhida. Coloco a mão na sua testa e ela está quente. Vou até o banheiro e busco o termômetro e um remédio para febre.

Com ela dormindo mesmo, verifico sua temperatura. Está com quase 38° Graus.

— Filha acorda e toma esse remédio aqui — Acordo ela devagar.

— Minha garganta tá doendo — Reclama meio chorosa.

— Deixa eu dar uma olhada — Pego a lanterna do celular e vejo que sua garganta está bastante vermelha.

— Acho que vamos fazer uma visita ao Doutor Eduardo — Acaricio seus cabelinhos e ela se aninha em mim.

***

Querido ProfessorOnde histórias criam vida. Descubra agora