Capítulo Quarenta e Sete

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Laura

— Tem certeza que não quer ficar mais alguns dias? — Pergunto novamente a Isabella.

— Tenho sim, preciso seguir minha vida, Laura — Ela me abraça apertado e Inácio coloca sua mochila no banco de trás.

— Nos mantenha informados, ok? Cuidado na estrada, vai chegar ao Rio já anoitecendo — Inácio a abraça também.

— Vocês são tão bonitinhos na versão pais — Isabella finge emoção, nos fazendo rir.

— Nos mande mensagem nas paradas — Reafirmo e ela revira os olhos.

— Pode deixar, mãe — Recebo um beijo no rosto e um aceno.

— Estou esperando vocês no Rio — Diz, entrando no carro.

— Iremos em breve — Só agora me dou conta que disse "iremos" e não, "irei".

Isabella parte e olhamos seu carro até ele virar no fim da rua.

Suspiro e Inácio coloca as mãos sobre meus ombros.

— Hoje o dia foi cheio para você, que tal descansar um pouco? — Ganho um beijo no pescoço.

— Que tal uma massagem? — Digo me virando, passando os braços pelo seu pescoço.

— Só uma massagem? — Pergunto fazendo bico, fazendo ele rir.

— Posso pensar em outras coisinhas a mais — Recebo beijos no queixo.

— Então me mostre lá no sofá — Ele me olha confuso.

— Sofá? — Arqueia a sobrancelha.

— A ideia é batizar todos os lugares dessa casa e criar boas memórias, porque essa casa ainda parece um pouco assustadora — Confesso fazendo ele rir.

— Então vamos aproveitar que as crianças foram ao cinema com seus pais e vamos batizar alguns lugares. O que acha? — Puxo sua boca até a minha como resposta.

***

Inácio alisava minhas costas, enquanto estou deitada sobre o seu peito no quarto de hospedes. Realmente, passamos a tarde batizando vários cantos da casa. Sala, banheiro, parede do corredor, escada e por último o quarto de hospedes.

— Não faremos sexo pelos próximos seis meses. Estou ardida — Confesso choramingando.

— Acho que não tenho mais pau. Seis meses é pouco, que tal um ano? — Sorrio.

— Fechado — Levanto a cabeça e beijo seu queixo.

Ele me sorri e coloca uma mecha do meu cabelo bagunçado atrás da orelha. Parece um pouco tenso.

— Estive pensando — Olho para ele com um sorrisinho sugestivo — Não é sexo, Laura, por Deus — Ele solta uma gargalhada.

— Desculpa, pensei que fosse — Ele sorri acariciando meu rosto.

— Não quero mais ficar longe de você. De vocês. Quero pedir, se for o caso, implorar, para que venha morar comigo — Ao mesmo tempo que sua proposta me deixa feliz, também me deixa desapontada, porque no fundo eu sempre esperei um pedido de casamento, ainda mais depois de tudo.

— Olha, não precisa me dar a resposta agora, que tal hoje à noite durante um jantar? — Ele me abraça mais, quase me fazendo aceitar sua proposta ali mesmo.

— Um jantar? — Pergunto interessada.

— Sim, será que sua Vó e seus pais pode ficar com as garotas por uma ou duas horas? — Assinto.

Querido ProfessorOnde histórias criam vida. Descubra agora