|Inácio|
Vejo ela se afastar e ainda não consigo me mexer. Que diabos aconteceu? Bom, é óbvio que eu sei, mas como eu me deixei chegar naquele ponto?
Balanço a cabeça e passo as mãos no rosto, para tentar me controlar, mas o que eu quero de verdade é ir atrás dela e dizer que aquilo foi um erro e que nunca mais irá acontecer.
Por Deus, uma aluna.
Eu só poderia estar louco quando não a empurrei assim que se aproximou de mim.Eu tentei não olhar. Venho tentando não olhar a um bom tempo, já era difícil antes, com essas roupas então, fica impossível.
Antes que ela entre no prédio, arranco com o carro.
Eu precisava, vê-la, precisava recuperar a minha sanidade.
***
— Boa tarde, Inácio, você não veio ontem? — Questiona, Olinda, recepcionista da clínica.
— Sim, mas eu quis vir hoje também, algum problema? — Pergunto, um pouco irritado.
— Acho que não é um bom dia, ela não está muito sociável hoje — Ela afirma.
— Não importa.
Sigo pelas portas até o jardim, onde todos costumavam ficar durante o dia.
Caminhei pela grama, até avistá-la distante. Ela falava consigo mesma, como sempre.
Quando ela me viu, correu até mim.
— Você veio brincar comigo, papai? — Suas mãos alisam meu rosto.
— Oi, princesa, vim sim, como foi seu dia? — Ela sorri de forma sapeca.
— Eu tenho um namorado — Ela sussurra como se fosse um segredo e meu coração dói.
— É mesmo? — Ela afirma sorrindo.
— Ele é tão bonito e disse que vamos ter lindos bebês — Diz, empolgada e uma lágrima cai pelo meu rosto.
— Não chora, papai, não chora, eu amo você — Recebo um beijo no rosto.
— Eu também te amo, sempre vou te amar — Finalizo com um beijo na sua testa.
|Laura|
Encontro a mala de mão que Isabella fez o favor de esquecer no apartamento dela.
A mesma iria desfilar pela a agência da tia Rebeca e havia esquecido algumas coisas necessárias, e é claro que a trouxa da Laura teve que vir pegar tudo.
Tranco seu apartamento e vejo um cara sair do apartamento do Inácio ao mesmo tempo.
Será que ele se mudou? Desde ontem não soube mais nada dele.
— Boa tarde — Ele me cumprimenta.
— Boa tarde — Respondo ao entrarmos no elevador.
Vejo ele apertar o botão do térreo
— Moradora nova? — Indaga.
— Não — Digo e fico em silêncio.
— É que eu nunca te vi por aqui — Questiona.
— Minha prima que se mudou a pouco tempo — Informo, sem muita vontade.
— Ah, então você é prima da festeira, muito prazer, me chamo Samuel — Ele oferece a mão e aperto.
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Querido Professor
RomanceVocê conheceu a história de amor de Lara e Erick, e viu esse amor frutificar em quatro lindos filhos. Pedro, Enzo, Lis e nossa diabinha, Laura. Prontos para conhecer a história dela? Laura chegava a uma nova etapa na sua vida. A Faculdade. Todos e...