capítulo catorze;

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Votem e comentem, boa leitura!

***

Tentava de todas as formas possíveis me concentrar apenas nos vários papéis que estavam na minha frente, tentando organizá-los. Entre eles: contratos, contas, boletos e até currículos que eu tinha que avaliar para escolher uma nova secretária. Entretanto, não conseguia manter ao certo um foco exato neles e tentar resolver todos os problemas que eles poderiam trazer, sendo o principal, contratos que haviam chegado do outro país pelos meus pais. Tudo isso só deixava a minha cabeça confusa e com raiva, por estar fazendo novamente o que eles me pedem.

Porém, os arrepios que estavam sendo provocados no meu corpo junto com alguns risos arrancados da minha parte, me faziam ter vontade de jogar esses papéis para o alto e apenas aproveitar os selares delicados que estavam sendo depositados na minha nuca. Mas eu sabia o porquê dele estar fazendo isso, enquanto os seus braços deslizavam hora ou outra por meus ombros, descendo pelo meu peitoral e subindo delicadamente.

Às vezes, saia alguns sons de seus lábios idêntico a um ronronar de um gatinho. Sons que eu sabia que eram feitos propositalmente, para que eu largasse todos os papéis que eu tentava organizar e desse somente atenção a ele. Por outro, seria bom que eu ignorasse os seus pedidos e me concentrasse em apenas acabar com o trabalho que eu trazia para casa e esperar com que a minha mãe, se é que posso chamá-la assim, entrasse em contato comigo via Skype.

— Lee, eu quero carinho. — Chittaphon usava um tom de voz triste, esfregando a pontinha do seu nariz na minha nuca.

— Eu já disse para esperar um pouco. — Suspiro, rezando para que ele não fique chateado comigo.

— Poxa, Taeyong! — Exclamou, dando uma mordida no meu pescoço de propósito, que me fez soltar um pequeno gemido de dor. — Eu cuidei de você anteontem!

— Poxa, Chittaphon! — Imito ele, ouvindo um resmungo do mesmo. — Eu achei que você estivesse retribuindo o carinho que eu havia te dado.

— O que você está fazendo que não tem tempo de ficar um pouco comigo? — Perguntou, apoiando o seu queixo no topo da minha cabeça.

— Organizando alguns papéis, bebê. — Respondo, terminando de organizar os boletos que deveriam ser pagos.

— Quando acabar vai ficar comigo? — Chittaphon puxou a cadeira um pouco para trás e se pôs na minha frente, sentando-se no meu colo em seguida.

— Vou. — Assinto, passando os meus braços em volta da cintura. — Mas, quando você fizer o seu dever de matemática.

— Aish. — Revirou os olhos, fazendo uma careta em reprovação. — Você parece os meus pais. — Se acomodou melhor no meu colo, passando um de seus braços ao redor do meu pescoço. — Não quero fazer isso agora.

— Eu disse que cuidaria de você, então vá fazer isso logo! — Ordeno.

— Tudo bem. — Murmurou, soltando um suspiro. — É fácil mesmo. — Deu de ombros, apertando uma das minhas bochechas. — Queria te fazer uma pergunta antes.

— Qual? — Deixo uma mordida fraca na mão dele para que a tirasse da minha bochecha e escuto uma gargalhada dele.

— Eu sei que você ainda é novo, mas, não pensa em casar e ter filhos?

Sua voz me pareceu curiosa, assim como sua pergunta me pareceu tão inocente. Ele me encarava com as suas orbes fixadas em mim, fazendo com que me questionasse se deveria contar a ele sobre o noivado de mentira. Mas também tinha medo do que o tailandês não entendesse e que eu perca a sua confiança, novamente. Por um lado, acho melhor contar o quanto antes e evitar que ele descubra da pior forma possível, mas, pelo outro, talvez essa revelação seja uma certeza para ele que o quero somente como um brinquedo sexual.

SEX TOYOnde histórias criam vida. Descubra agora