capítulo oito;

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***

Os lençóis pareciam tão atraentes naquele momento, não só eles, a cama e os travesseiros também. Como se fossem um imã, uma das piores coisas, pois eu não conseguia parar de abraçar o meu travesseiro, de me desenrolar dos meus lençóis e nem de levantar da minha confortável cama.

Porém, é segunda-feira e eu teria que ir trabalhar e deixar tudo isso, mas o sentimento de culpa não me permitia sair. Fiquei o domingo todo resmungando de dor de cabeça e me perguntando o porquê de ter deixado o álcool que estava no meu corpo dominar todas as minhas ações e sentidos.

Olhei que horas eram e levantei rapidamente da minha cama, indo em direção ao banheiro para tomar banho e me arrumar. Me arrumo o mais rápido possível e saio de casa logo em seguida. Tinha que dar um jeito de tentar consertar a besteira que eu fiz.

Com certeza o tailandês não quer me ver nem pintado de ouro, mas eu preciso explicar tudo o que eu sinto, a confusão que está na minha cabeça, a confusão que está em mim por completo. Yuta não falou nada comigo depois do ocorrido na boate, obviamente ele está sabendo de tudo e isso me deixa intrigado. Eu acho que o normal dele seria ir até minha casa e dizer poucas e boas, inclusive o famoso "eu te avisei!". Mas, nada. Nem uma mensagem sequer.

Isso só não me deixa mais preocupado do que a minha situação com o Chittaphon. Isso, sim, é o que mais me preocupa. No dia que aquele cara tentou agarrá-lo a força, eu mesmo vi o quanto ele ficou abalado com aquilo. Yuta mesmo me avisou que Chittaphon rejeita os outros caras porque todos eles têm somente segundas intenções com ele, algo que eu mesmo queria, não vou negar.

Assim que eu chego no colégio onde o de cabelos negros estuda, vejo vários alunos saindo do local. Saio do meu carro e me encosto no mesmo, esperando um certo garotinho sair, o que acontece rápido. Logo o tailandês sai do colégio, sem a companhia do irmão, o que eu achei estranho, já que os dois estudam juntos.

— Chittaphon! — Chamo assim que ele anda rapidamente para o lado oposto do meu, após me ver, e me apresso a correr atrás dele.

— Vai embora, Taeyong! — Bufou, passando a andar mais rápido ainda.

— Espera! — Seguro os seus dois braços, o obrigando a olhar para mim. — Preciso falar com você.

— Mas eu não quero falar com você! — Puxou os seus braços com força, se soltando de mim.

— Eu sei e você tem todo o direito de não querer falar comigo, mas eu preciso falar com você e pedir desculpas. — Volto a segurar o seu braço, dessa vez, delicadamente, e olho nos olhos castanhos do mais novo. — Por favor.

— Eu tenho medo… — Murmurou, respirando fundo e desviou o seu olhar do meu.

— Eu sei, mas eu realmente quero me desculpar com você e te explicar tudo! — Insisto em convencer o menor a conversar comigo.

— Explicar o quê? Que você tentou me agarrar? — Soltou um riso debochado, voltando a me olhar nos olhos. — Desculpa, mas isso não tem explicação, você apenas fez e eu não vou te desculpar!

— Por favor. — Peço, olhando insistentemente para ele. — Me deixa explicar, leve em conta que eu estava bêbado e não sabia o que estava fazendo direito. Por favor, Ten.

— Tudo bem. — Falou cedendo, calmamente. — Mas que seja rápido e não tente nada! — Puxou o seu braço com força, de novo. — Ou eu bato nessa sua carinha novamente.

— Ok. — Levanto os meus braços em forma de rendição e dou um sorriso satisfeito por ter conseguido convencê-lo. — Prometo não tentar nada e caso isso aconteça novamente, eu mesmo irei me bater.

SEX TOYOnde histórias criam vida. Descubra agora