capítulo onze;

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Votem e comentem, boa leitura!

***

Acho que poderia ser notado por qualquer pessoa a pequena fúria que se demonstrava em meus olhos. Não estava muito para "fúria", e sim raiva. Não sou um cara agressivo e nem nada do tipo, tanto que eu controlei esse sentimento dentro de mim. Sentimento esse que era uma novidade, já que eu nunca havia sentido algo parecido antes. Toda essa confusão, pensamentos conturbados, mistos de sentimentos, que estão sendo descobertos a cada dia por mim, é algo um tanto novo.

Não sabia definir o meu estado atual, mas apenas não estava gostando de ver aquilo. Aquele garoto era realmente lindo, seus cabelos castanho-claro, seu porte e o seu físico; seu sorriso encantador, alegre e contagiante. Droga! Ele é tão bonito que eu mesmo estou o elogiando. Mas não negaria algo que era fato, e esse fato era que aquele garoto é bonito até demais.

Porém, também não vou negar que não estava gostando nada dos sorrisos que ele conseguia do meu tailandês. Os dois conversavam animadamente sobre algo que eu não sabia, pois eu estava que nem um idiota encostado no meu carro, esperando os dois terminarem de conversar. Uma das regras que Chittaphon exigiu que eu obedecesse era a que eu respeitasse as suas amizades e não interferisse em nada em relação a elas. Algo justo, mas não deixo de sentir um pequeno desconforto dentro de mim.

Eles pareciam ser bem próximos. Chittaphon soltava risadas tão contagiosas que poderiam ser ouvidas de onde eu estava, que não era muito próximo deles. Os seus sorrisos pareciam ser sinceros e felizes, esses sorrisos nunca foram direcionados a mim. Por um momento o sentimento de culpa me tomou. Culpa por não ter tentado fazê-lo sorrir daquele modo, por não o ter feito feliz, talvez?

Balanço a cabeça, afastando pensamentos idiotas e confusos, ao ver o tailandês se despedir do seu amigo e caminhar alegremente até mim. Nessas últimas semanas a minha mente se resumia em uma simples palavra: confusão. Estou tendo que lidar sozinho com sentimentos e experiências novas, poderia ter ajuda de Chittaphon, mas ele é o principal motivo de eu estar em um labirinto tão escuro quanto o céu sem estrelas.

— Lee!

— Porra! — Exclamo, levando um pequeno susto ao escutar o outro gritar rente ao meu ouvido.

— Oush, garoto insolente! Não diga palavras de baixo calão! — Chittaphon ditou em um tom autoritário, cruzando os seus braços e me olhando de uma forma estranha. — O que foi com você?

— Como assim? — Indago, olhando ao redor e percebo que o amigo dele já havia ido.

— Me parece meio aéreo. — Murmurou, passando o seu dedo indicador pelo meu nariz em um gesto infantil.

— Apenas estava pensando. — Dou um sorriso de lado, observando o ato do mais novo. — Quem era aquele garoto que estava conversando com você?

— Yukhei, meu amigo. — Respondeu simplista, dando um beijinho na minha bochecha.

— Sobre o que estavam conversando? — Pergunto, estranhando um pouco o motivo do tailandês estar tão carinhoso.

— Sobre a nossa apresentação do fim de semana. A gente faz aulas de dança juntos e formamos dupla em um trabalho. — Tombou um pouco a sua cabeça para o lado, piscando lentamente.

— Como vai ser essa apresentação? — Questiono, me interessando pelo assunto.

— Algo fechado, apenas para os alunos e os professores. — Suspirou, aproximando-se de mim e encostando a sua cabeça sob o meu peitoral.

— Ah, gostaria de poder te ver dançando. — Confesso, segurando na cintura do mais novo e o puxando para ficar mais próximo a mim em um simples abraço.

SEX TOYOnde histórias criam vida. Descubra agora