capítulo quinze;

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Votem e comentem muito hehe, boa leitura!

***

Certas pessoas são capazes de fazer tudo para manter o corpo perfeito ou desejável aos olhos de outras pessoas. Obrigam a si mesmas a cometer loucuras para sempre ser a mais admirável aos olhos daqueles especialistas. Nunca entendi, e nem quero entender, o motivo de certas pessoas serem capazes de até correr risco de vida apenas para ser o manequim ideal. Alguns casos chegam a ser tão graves que a pessoa não resiste e acaba indo a óbito.

Suspiro, olhando a reportagem na internet sobre a morte de uma garota que adquiriu anorexia para ser uma das melhores modelos, a manequim perfeita. Infelizmente, esse caso aconteceu na agência de modelos ao qual os donos são os pais de Sunhee e isso só dificulta mais ainda o meu caso, ou melhora. Duvido muito que a minha mãe ainda me queira com alguém cujos progenitores podem "manchar" a imagem da nossa empresa.

Tento acreditar que, realmente, essa bomba seja uma ótima oportunidade para escapar desse maldito contrato e me ver livre dos negócios dos meus pais. Tenho quase certeza que a empresa que a minha mãe tanto protege vai falir em pouco tempo. Aliás, quem gostaria de contratar modelos de uma agência que força os seus funcionários a ter o corpo perfeito a qualquer custo, sendo capaz de provocar a morte desta? Fora que vão ter indenizações caso tenham mais provas relacionadas a outros casos.

— Licença.

Levanto um pouco a cabeça para olhar o dono da voz, e vejo Yuta entrando na minha sala. Ajeito a minha postura da minha poltrona, me inclinando para frente, apoiando os meus braços na mesma e o meu queixo entre as minhas mãos, enquanto observo o meu melhor amigo se sentar na minha frente com a sua típica expressão indecifrável. Já fui, e ainda sou, curioso em querer saber em certos momentos o que se passava na cabeça dele, mas nunca lhe forço a nada. Gosto que se sinta confortável assim como eu. Creio que o único que conhece os segredos mais profundos do meu amigo é o Sicheng, pelo menos ele é alguém confiável.

— Viajando? — Sua voz ecoou pelo local silencioso, me fazendo piscar lentamente e focar a minha atenção nele com uma expressão de confusão. — Você parece fofo fazendo essa carinha.

— Isso é um elogio? — Dou um sorriso de lado, adquirindo uma posição mais séria.

— Digamos que sim. — Deu de ombros, arrumando o nó daquela maldita gravata que somos obrigados a usar. — Isso me lembra o Chittaphon.

— Por quê? — Inclino um pouco a cabeça para o lado, sem entender o motivo de lembrar o tailandês.

— Ele sempre faz aegyo quando quer algo de mim. — Murmurou, passando as mãos em seus cabelos na tentativa de deixá-los bem arrumados. — Você sabe que eu não resisto.

— Você não deveria resistir aos charmes do Sicheng, não do Chittaphon. — Passo a língua entre os lábios, tentando não parecer incomodado com isso.

— Sicheng é meu namorado e é óbvio que eu cedo as coisas facilmente a ele, agora, quanto ao Chittaphon, é um caso diferente. Ele é o meu cunhado super fofo que gosto de mimar também. — Parou por mínimos segundos, voltando a prosseguir em seguida. — No começo eu fazia as suas vontades porque ele e Sicheng são muitos próximos e eu queria causar uma boa impressão, mas depois...

— Você se encantou por ele. — Completo a sua frase, o interrompendo.

— Tipo isso, mas eu amo muito o Sicheng e não o troco por ninguém.

Percebo que o que o japonês disse parecia ser verdadeiro, tão quanto o pequeno sorriso apaixonado que surgiu nos seus lábios. O modo de como ele se referia ao namorado sempre foi de uma forma tão carinhosa, como se Sicheng fosse o seu bem mais precioso, isso se não for. Lembro que, antigamente, ele dizia que nunca imaginava que se apaixonaria por um garoto que usava saias e que tinha coxas maravilhosas, agora morre de amores.

SEX TOYOnde histórias criam vida. Descubra agora