capítulo vinte;

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Ficava encarando algumas pessoas tomando bebidas alcoólicas, enquanto eu apenas tinha desejo em querer provar pelo menos uma delas, mas não podia. Não porque eu não quero, mas sim porque sou proibido, digamos assim. Porém, não fico chateado com isso. Nunca fui um cara de beber muito e não vai ser justo hoje que vou querer ficar bêbado.

Fora que eu sentia, e via, os olhares de Chittaphon sob mim hora ou outra. Por mais que o tailandês estivesse ocupado, ele me olhava com certa preocupação ou apenas para ver se eu estava bebendo ou comendo algo que me faria mal. Todo esse cuidado um tanto possessivo começou quando eu ainda estava no hospital, e piorou quando eu saí.

Ten insistiu em que eu deveria ficar em sua casa até que estivesse totalmente recuperado, dito e feito. Não só recebi cuidados dele, mas também dos seus pais, ainda Sicheng e Yuta. Gostava de ver o modo de como ele me mimava, tinha o extremo cuidado com os meus machucados e cuidava de mim. Sempre fazendo tudo de um jeito alegre e me deixando cada vez mais apaixonado.

E, agora, um mês depois daquele acidente e ter saído do hospital, observo Chittaphon andando de um lado para o outro. De vez em quando, ele fazia algumas caretas quando o seu pai dizia que ele tinha que conversar com alguns convidados, apenas por educação ou simpatia. Hilário era quando o mais novo dizia que não queria rececionar uma pessoa porque ela era simplesmente chata, ficava apertando suas bochechas ou lhe dizendo que estava ficando velho.

Por incrível que pareça, hoje, essa criança-adulta alcança a sua maioridade. E a maioria das pessoas logo querem chegar nessa idade, mas ele não. Chittaphon disse que não gostaria de se tornar independente, que gostava de ser o "bebê" de seus pais e receber todos os seus mimos, carinhos e presentes. Acredite, ele fez um drama contra essa festa, disse que não queria que soubessem que ele estaria ficando mais velho nesse dia, no caso, hoje.

Eu apenas ficava rindo do seu jeito emburrado e insistindo que ele fizesse a festa. Agora ele estava lá, com os seus cabelos tingidos de azul, com a pele mais reluzente do que o normal, com o seu sorriso encantador, e tão bem vestido. Confesso me sentir incomodado com os olhares fascinados que ele recebia. Chittaphon, com a mais absoluta certeza, é alguém muito encantador e eu tento controlar esse ciúme dentro de mim.

Oras, sei que não temos nada oficial um com o outro, mas eu sinto ciúme dele e é terrível ter que admitir. Odeio quando o próprio diz isso na minha cara, mas como não sentir tal coisa quando ele veste uma camisa com a gola onde mostra aquelas clavículas maravilhosas? Exagerado, eu sei. Mas imaginar outra pessoa olhando essa pequena parte do meu garotinho, pensando em marcar aquele local como eu fazia, me deixa incomodado.

— Você parece tão pensativo…

Levo um pequeno susto ao escutar aquela voz levemente suave tão perto de mim. Olho para o dono e vejo ele se sentando ao meu lado, segurando o copo com algum suco. O número de convidados havia reduzido, mas ainda tinha bastante gente presente, quase todos desconhecidos por mim. Isso só ajuda a piorar a minha situação. Chittaphon tem muitos amigos e ele parece tão próximo de todos, todos eles são tão bonitos que até me sinto incomodado.

— Apenas no meu canto. — Respondo depois de alguns segundos, olhando para o tailandês que estava no mesmo sofá que o eu, bem no cantinho da sala. — Visto que você passa mais tempo com os seus amigos do que comigo e Yuta prefere ficar com o namorado.

— Você insistiu nessa festa também, então não reclame. — Suspirou, me entregando o copo em que pude perceber que realmente havia suco ali, e era de morangos. — Se sente bem?

— Sim. — Reviro os olhos com aquela preocupação idiota de Ten. — Não precisa ficar perguntando isso sempre.

— Eu me preocupo com você, Yongie. — Chittaphon deitou a sua cabeça no ombro em que eu não tinha levado tiro. — Faz um pouco mais de um mês que você levou dois tiros, e apenas dias em que você tirou o imobilizador do braço. Ainda tem que tomar remédios e não comer qualquer coisa por seis meses, porque, querendo ou não, você passou por uma pequena cirurgia.

SEX TOYOnde histórias criam vida. Descubra agora