capítulo seis;

6.7K 673 1K
                                        

— Alô?

— Taeyong, você é louco? — Escuto a voz do outro lado da linha, praticamente gritar, me fazendo tirar um pouco o celular de perto do meu ouvido, mas logo o pondo novamente.

— Depende de que tipo de loucura você está falando. — Tento controlar o meu riso, enquanto verificava a minha mala.

— Por que você fica me mandando chocolates todos os dias? — Perguntou, parecendo estar em um tom raivoso. — E tinha que mandar justo na minha escola?

— Você disse que eram os seus favoritos. — Respondo, soltando um risinho. — Eu poderia mandar na sua casa, mas você não me disse onde mora.

— Por que não mandou para boate como fez no primeiro dia? — Percebi que, agora, ele usava um tom mais calmo.

— Não sei. — Respondo simplista, enquanto seguro o celular com uma mão e carrego a minha mala com a mão livre, saindo daquele local movimentado.

— Você me mandou flores, Taeyong! Flores! Na escola! Você não tem noção que me zoaram, né?

— Desculpa, Baby. — Peço em um tom manhoso, dando um sorriso de lado, enquanto espero o meu motorista. — Eu só queria te agradar.

— Tudo bem. — Ouço um suspiro baixo vindo dele. — Só não manda mais para lá não, por favor. O diretor vai querer chamar os meus pais caso isso aconteça de novo.

— Ok, me desculpe. — Entro no meu carro, relaxando o meu corpo naquele estofado fofo. — Você leu todos os cartões que estavam com as caixas de chocolates e as flores? Creio que sim, já que você está me ligando, e o meu número estava em um desses cartões.

— Sim, Taeyong. Eu li todos. — Resmungou e escuto um barulho ao qual não sei reconheço o que seja. — E a resposta é não!

— Como "não"? — Pergunto um pouco incrédulo. — Você disse que sairia comigo de novo.

— Vai me dizer que nunca mentiu na vida?

— Ah, Ten. — Digo o seu nome de forma mais manhosa que a anterior. — Você não pode criar expectativas em mim e depois fazer isso.

— Posso sim.

— Pode não! — Imponho. — Você disse que sairia, então deve honrar as suas palavras.

— Não sou obrigado a nada. — Soltou um riso debochado.

— Chittaphon Leechaiyapornkul só sabe me iludir. — Resmungo baixinho, mas que dê para ele ouvir.

— Exatamente.

Escuto mais alguns barulhos, ele deveria estar fazendo algo, mas aí ficou um silêncio total. Só podia ouvir o barulho do carro em que eu estava, do outro da linha apenas escutava a respiração calma Chittaphon.

— Lee? — Ouço ele me chamar e respondo apenas um "Hum?". — Por que você sumiu essa semana? Não apareceu na boate.

— Sentiu a minha falta? — Pergunto, esboçando um sorriso no rosto ao pensar que ele sentiu saudades.

— Quê? Óbvio que não!

— Sério? — Acabo rindo do tom de voz que ele usou, parecia constrangido. — Não é o que parece.

— Sabe, é sempre bom ter alguém como você aos meus pés.

— Você acaba com a minha felicidade em dois segundos, Chittaphon. — Reviro os olhos ao comentário dele.

— Não nasci para te fazer feliz. — Disse em tom irônico, e posso imaginar um sorriso cínico em seus lábios.

— Pois eu acho o contrário. — Suspiro levemente, olhando a movimentação da cidade através do vidro. — Você é capaz de fazer qualquer um feliz.

SEX TOYOnde histórias criam vida. Descubra agora