Decidi aceitar os conselhos de Red e entender o que ele tinha a dizer, passamos as próximas horas conversando sobre o caso. Red tentava me ensinar a pensar como uma assassina em série para conseguir capturar o assassino. Eu estava sentada na cama e Red caminhava de um lado para outro em minha frente me fazendo perguntas que apenas alguém com a mente de um assassino conseguiria entender.
— Corpo feminino morto por golpes de faca — iniciou —três facadas perfuraram coração e pulmão da vitima…
— Crime passional — respondi — confrontar marido, namorado e supostos amantes da vítima. Homens são racionais, porém brutos, provavelmente o assassino deixou provas no local por falta de cuidado.
— Correto! — Red era um ótimo professor de identificação de homicídios — Corpo masculino encontrado esquartejado em mala, numa lata de lixo.
— Hipótese um crime passional feminino. Confrontar Esposa e amantes, mulheres tendem a ser frias, porém se desesperam fácil. A maioria ficaria assustada com o crime que acabou de cometer, não mataria com esquartejamento, mas por facadas continuas, normalmente entre quinze e vinte. Mulheres apostam na quantidade de golpes ao invés de força ou local golpeado.
— Correto, o que mais?
— Hipótese dois, utilizada apenas em caso de presença de grandes bens materiais, crime por interesse. Investigar esposa, filhos em idade a partir de 15 anos e amantes da vítima. Procurar possíveis cúmplices em círculos de amigos e empregados.
Eu estava extasiada com tudo aquilo. Red realmente estava me ensinando a pensar como ele, estava me ajudando, me tornando uma… verdadeira assassina em série, no bom sentido.
— Três corpos encontrados em um parque em localizações distintas, mulheres com idade entre 18 e 22 anos, loiras de vestido branco.
— Assassinato em série. Possível maníaco, verificar sinais de estupro. Levar corpo para laboratório para identificação da hora da morte. Plantar agente com as mesmas características da vítima no local do crime para realização do flagrante.
— Aprendeu rápido Rach!
Passamos as próximas horas discutindo sobre o que havíamos coletado de provas desde que encontramos o corpo de Balakirev. Red estava realmente me ajudando a encaixar as peças soltas, mas ainda precisávamos de mais. Mesmo que Red dissesse que havia coisas que eu não estava enxergando ainda assim eu achava que este caso estava muito sem pé e sem cabeça.
Ficamos até duas da madrugada discutindo o caso quando. Chegamos à conclusão de que nosso assassino era na verdade um jogador e que os homicídios cometidos por ele eram parte de uns quebra-cabeças que envolvia um ato maior. Após concluirmos nossa conversa Red acompanhou o agente que cuidava de mantê-lo preso no hotel até o quarto. Eu estava extremamente cansada então resolvi dormir um pouco, teríamos um longo dia na manhã seguinte.
…
Após a saída de Red do quarto, tomei um banho demorado, vesti minha camisola de tons azuis e deitei para dormir. Mal consegui adormecer ouvi alguém bater na porta do quarto, tentei ignorar afinal estava de madrugada e seja lá o que fosse havia dezenas de agentes no hotel que poderiam fazer o serviço. A pessoa insistiu.
Bateu diversas vezes até que cedi e decidi levantar para abrir a porta, caminhei vagarosamente até o local. O carpete era quentinho e eu estava adorando a sensação de estar descalça nele. A pessoa continuava a espancar a porta e àquela hora eu estava começando a cogitar a possibilidade de dar voz de prisão por agressão pela quantidade de porradas que a porta estava suportando.
Sim eu estava extremamente cansada, logo não estava sequer pensando direito. Cheguei até a porta, tive dificuldade em abri-la devido ao cansaço. Quando enfim consegui abrir Red estava diante de mim com seu terno extremamente elegante, seus cabelos grisalhos e seu sorriso sarcástico.
Quando tentei questionar o que ele fazia ali na minha frente àquela hora da madrugada ele me agarrou e me beijou de maneira ardente, entrou no quarto agarrado a mim, fechou a porta com um chute leve de calcanhar.
Tentei fugir dos braços dele no principio, mas aquilo estava tão bom que realmente não consegui lutar por muito tempo, me entreguei. Red tocava meu corpo de maneira picante e abusada e eu realmente estava indo às nuvens.
Ele prensou meu corpo contra a parede onde pude sustentar meu corpo e envolver minhas pernas sobre o corpo dele. Red com uma das mãos nas minhas costas me segurava, com a outra ele abriu o zíper da calça e tirou minha calcinha. Ele estava me penetrando e eu estava adorando aquilo.
Fomos para cama, Red se despiu e depois tirou minha camisola e lingerie, em meio a beijos ardentes ele tocou meu corpo todo, depois viajou dos meus lábios até minha vagina com a língua me fazendo ter os momentos mais excitantes de toda a minha vida.
Depois ele deitou meu corpo sobre a cama, deitou-se sobre mim e continuou a me penetrar com beijos excitantes até gozarmos. Ele se levantou nu e foi até o frigobar deixando me incapacitada de levantar da cama de tanto prazer.
Aquele homem era tudo o que qualquer mulher precisava, irônico, provocante, criminoso e bom de cama realmente eu estava enlouquecida e imaginando se aquilo ocorreria durante todas as noites até o término do caso. Se fosse assim adoraria que esse assassino nunca fosse encontrado.
Red voltou com uma garrafa de vinho e algo na outra mão que não prestei atenção no que era. Achei que beberíamos e transaríamos mais. Red derramou o vinho sobre meu corpo e eu achei aquilo genial, estava pirando com a ideia de ele lamberia meu corpo banhado em vinho ou me penetraria naquele estado.
Depois de derramar toda a garrafa ele se abaixou e pegou o objeto que havia deixado no chão. Ele revelou o objeto, um isqueiro, ele ascendeu e largou-o sobre o meu corpo. O vinho começou a inflamar junto a meu corpo
Meus gritos não pareciam ser suficientes para que alguém fosse checar o que havia acontecido e também não abalavam nem um pouco o assassino frio e calculista que me acompanhou nas investigações apenas para encontrar uma forma de me matar. A única coisa que ouvi Joseph Bennington pronunciar antes de deixar o quarto foi sua frase mais conhecida. A famosa frase que ficava grafada nas paredes de suas vítimas.
— Red esteve aqui!

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RED
Mystery / ThrillerUm cadáver encontrado em um hotel de beira de estrada. Um crime misterioso e sem resolução. Quando tudo parece acabado a única esperança pode estar no assassino mais perigoso que o FBI já conheceu.