Capítulo 14

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Aquilo era realmente a coisa mais horrível que eu havia visto naqueles dias. Não era possível que Red houvesse retomado a vida no crime. Como? Por quê? Qual motivo teria levado Red a matar Roberto? Michael me fitava com olhar inquisidor como se quisesse dizer que aquilo era minha culpa.

    — Onde ele está? — perguntei na tentativa de obter a localização de Red

    — Há essas horas já pode estar na rua — respondeu Michael — eu avisei. Eu disse que ele era perigoso.

— Isso deve ter alguma explicação Michael — eu realmente queria que tivesse — Talvez Red tenha descoberto que Mendez era o assassino.

— Rachel deixa de ser burra! Esse homem é um assassino, ele fez isso por prazer!

    Michael estava certo, o instinto assassino de Red nunca se escondeu de nós. Ele estava ali sempre presente fazendo piadas e humilhando a atuação policial no caso. Ele sempre foi o mesmo assassino, desumano, insensível, esperando apenas uma oportunidade para ter sangue nas mãos. No fim das contas ele queria apenas ver a chuva de gotas vermelhas de novo.

    — Eu preciso falar com ele — afirmei categórica.

    — Pra quê? — questionou Michael — Pra ele matar você também

    — Eu sei o que estou fazendo Michael.

    — Você sempre sabe Rachel! Você sabia exatamente o que estava fazendo quando tirou esse animal da cadeia e trouxe pra cá com a gente! Você sabia exatamente o que estava fazendo quando o deixou sozinho pra matar Roberto Mendez.

    — EU CONFIEI NELE PORRA! — respondi já com lágrimas escorrendo dos meus olhos — Ele estava sempre um passo a nossa frente, sabia de coisas que nem imaginávamos, ele me ensinou muita coisa. Coisas que você ou qualquer outro agentezinho de merda jamais ensinaria no Bureau!

    — Vocês transaram! — A afirmação de Michael foi quase uma condenação à forca. Aquilo trouxe de volta o sonho que tive com Red transando comigo e logo depois me matando. Fiquei em silêncio, abaixei minha cabeça. Virei às costas para sair do quarto. Antes de ir me virei para fitar Michael frente a frente e dizer:

    — Não, seu merda!

    Ao sair do quarto esbarrei com Henry que estava entrando, ele viu a cena de Roberto morto, se assustou, entrou em choque.

    — Meu Deus! — exclamou perturbado — ele era meu ídolo.

    — Nós sabemos Henry — Henry era fã de Roberto, seja lá qual fosse o motivo que ele tivesse para ser fã de um idiota que gastava seu tempo seduzindo todos que encontrava.

    — Acho que agora a companhia Maximinoff chegou ao fim agente Rachel — a fala de Henry me incomodou um pouco, afinal Maximinoff sempre declarou que a Cia não acabaria, por outro lado ele parecia estar certo. O que mais me intrigou é que tive a impressão de ver um leve sorriso no canto da boca de Henry, mas eu estava nervosa não levei em consideração.

    — Isso não é da minha alçada Henry! — respondi — Viu Red por aí?

    — O assassino? Está no quarto dele! Acho que alguém deveria ir até enfiar uma bala nele ou trancafiá-lo antes que ele cometa outra atrocidade desta! Ele é um homem perigoso. Pode matar mais pessoas a qualquer momento.

    Então Red ainda estava no Treasure island. Eu precisava encontrá-lo, precisava de informações.

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