10 · Ela

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Após um pesadelo, ser acordada por policiais não me deixou nem um pouco feliz. Não conseguir entender nada até estar sentada naquela cadeira, tendo que responder a perguntas.

A única pessoa que pude ligar era para gerente, não fiquei surpresa ao escutar ela dizendo que eu estava demitida, e que não poderia me ajudar. Então esse é meu futuro? Alguém pelo menos me perguntou se era isso o que eu queria pra minha vida?
       Depois de uma noite sem sono fico surpresa ao perceber que tinha visita, ainda mais ao vê quem era a visita.
— Bom dia. – ele diz meio desconfortável, pela cara dele nunca deve ter estado nesse lugar. Prefiro ficar em silêncio ao ter que falar com ele. – Maísa não é? Sinto muito por você estar aqui, ontem não tive um dia bom e infelizmente acabei descontando em você. Me arrependo muito em ter te falado aquelas coisas no evento, e aquela mulher, a Patrícia só estava preocupada com a aparência dela. Olha… eu vim aqui para retirar a denúncia. Você errou, e ter roubado não justifica, por isso quero que você…
— Você quer que eu quê? – por um momento tudo se silência ao perceber que ele meio que ficou surpreso ao me escutar o respondendo.
— Quero que você trabalhe na minha loja até quitar os gastos pelas roupas.
— Eu tenho um aluguel para pagar, não posso fazer caridade por aí.
— Caridade? – ele rir – Me diz como vai pagar seu aluguel estando presa? E que caridade? Estou te dando a oportunidade para concertar o erro que cometeu, e se o aluguel é o problema irei parcelar a dívida, ai tiro uma quantia exata a cada mês do seu salário.
— Porque está me ajudando?
— As pessoas precisam de uma segunda chance. Eu preciso de uma segunda chance, errei com você.
— Quando eu começo? Quero tudo anotado, após o pagamento caio fora.

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