Fico feliz em saber que tudo está indo bem para Maísa, morar com Dandara ajudará a se encontrar.
Eram poucas coisas que ela levava, coloquei no carro e dirigir a caminho da casa de Dandara.
— Seu telefone está tocando. – ela diz
— Geralmente ele não para.
— Convencido que só.
— Olha pra mim quem é, por favor.
— Tem escrito “Número".
— É do bar, pode me passar?
— Certo.Não consegui acreditar no que escutei ao atender o celular, minha mãe estava bêbada e fazendo uma bagunça se recusando sair do bar.
Isso mudou meu caminho, tenho que ir buscá-la. Como Maísa não sabe onde Dandara mora a levei. Eu estava muito envergonhado e com raiva do que estava acontecendo.
— Fica no carro por favor. – eu disse para MaísaAo sair do carro a visto meu pai colocando minha mãe no carro dele.
— Vim assim que me ligaram, não entendo porque Elise tem feito essas coisas. – ele diz
— Tem certeza que não entende?
— Até você está duvidando de mim? Por favor filho, não acredite no que estão inventando, irei levar sua mãe para casa.
— Tudo bem.Sair sem nem me despedir, estou confuso, não sei em quem acreditar. Mas meu pai certamente não trairia minha mãe, hoje ele tem plantão vê-lo aqui mostra que ele largou tudo para vir buscar lá. E em momento algum foi rude com ela, muito pelo contrário o vir a carregando e a ajeitando carinhosamente para colocá-la no carro.
— Tudo bem?
— Ela vai ficar.
— Tá com muita pressa?
— Porquê?
— Vamos beber alguma coisa, preciso esfriar a cabeça.
— Tudo bem, faz tempo que não bebo.
— Nem eu.Fomos para o CLUB A, Maísa estava encantada com o lugar.
— E então, quer conversar? – ela pergunta
— Não, tô bem aqui.
— Come algo, você só está bebendo e eu não vou conseguir te carregar.Eu sem dúvida não queria conversar.
— Não vai beber? – pergunto depois de horas em silêncio.
— Alguém tem que dirigir seu carrão.
— E você tem carteira?
— Shiu! – ela respondeu fazendo sinal de silêncio. – Me diz o que aconteceu.
— Não quero falar sobre isso. – a verdade era que eu já tinha bebido demais e tava sem força pra conversar.
— Tudo bem irei dançar enquanto você se afoga na bebida, mas vai com calma você está tomando um litro de vodka sozinho, a ressaca é garantida.
— A amnésia também. – respondo com um sorriso malicioso.
— Saí fora! Vou dançar.Naquela balada é comum escutar muitos remixes, fiquei surpreso ao ouvir a música na versão original Something Just Like This - The Chainsmokers & Coldplay.
Me peguei olhando para Maísa, ela acompanhava cada ritmo da música. Na parte considerada mais calma a vi envolvente com os olhos fechados, ela girava devagar, suas mãos se mexiam levemente consigo até notar a cor das unhas dela que ficou neon por causa da luz da balada, sem dúvida nem ela imaginava que isso aconteceria. A medida que a música acelerava ela dava pulos que fez com que o cabelo soltasse, algo que não foi muito difícil já que o cabelo dela não era tão comprido, o cabelo dela tocava os ombros, era a primeira vez que eu notei a cor castanho claro, que combinava perfeitamente com o tom de pele dela, não era muito claro nem muito escuro era o tom certo. O corpo dela parece ter sido feito sob medida, cada detalhe faz dela uma bela mulher. Quando a música acabou percebo ela bater palmas dando risadas em agradecimento, a risada não era para mim mas acabei sorrindo também, quando ela percebeu que eu a observava me virei tentando disfarçar. Pensei que ela não iria mais dançar, mas quando a música ia mudar escutei o DJ dizendo que era um pedido de Maísa Villas, fiquei na dúvida me perguntando se seria ela. Ao escutar a voz dela gritando em agradecimento percebi que era ela e que era a primeira vez que eu escutava seu sobrenome. A música era Essa eu fiz pra você de um Rapper chamado Oriente. Sem dúvida a música escolhida era como se fosse um hino para ela, e o quão linda ela estava dançando esse som. Ao pedir mais uma bebida escuto um cara falando sobre Maísa dançando. O jeito que ele falava dela me fez sentir um ciúme incontrolável. Olhei para ele e o mandei calar a boca, ao invés da bebida preferir fechar a conta. Olhei mais uma vez e lá estava ela, completamente linda. Não pensei muito e fui até ela e me aproximei tão perto que sentia a respiração, aqueles minutos envolventes me levou a tentar beija lá. Ao ver nossos lábios tão próximos sussurrei o nome dela.
— Isabella.Tentativa falha, não aconteceu o beijo a Maísa me empurrou e com muita força. Como eu pude chamá la de Isabella? Eu sem dúvida exagerei na bebida.
— Você já bebeu demais. – diz ela.
— Que seja. – respondoAntes de entrar no carro sinto ânsia de vômito e foi o que aconteceu.
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TEMPORAL
Roman d'amourQuando algo lhe machuca por muito tempo e você não toma as medidas necessárias isso acaba sendo sua maior fraqueza, se torna um trauma. Em Temporal, você irá conhecer a história que mostra como podemos superar, ser resiliente. Capaz de lidar com os...