31 · Ela

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Desde que decidir ficar em São Paulo, ficar com Nuno e meus amigos. Isso significa, que escolhi viver e parar de me sentir culpada. Além do mais, sei que não sou culpada pelo que aconteceu. Quero permitir sentir alegria de amar alguém, ou a dor de ter um coração partido. Quero poder confiar, não temer o prazer e a paixão. Confesso que um dos motivos de tentar ter fugido, foi o medo. Medo de ama-lo. Mas, essa barreira que estava criando, era em vão. Eu já estou completamente apaixonada pelo Nuno. Quero sentir e aproveitar essa alegria de o amar.

Estava amanhecendo, e nem imaginava o que se passou no filme. Ter escutado passos pela casa, me fez acordar. Elise estava cozinhando, e me ofereci para ajudá-la.
— Bom dia senhora Elise
— Bom dia Maísa. Estou decepcionada, eu poderia escutar qualquer coisa. Lise, sogra ou mãe, quem sabe. Mas, você me vem com “senhora”? Não acredito.
— Me desculpe Lise. Ainda estou me acostumando com as mudanças. – sorriu envergonhada
— Bem melhor. – ela sorriu sincera

Enquanto a ajudava, ela não deixa de observar o quanto eu olhava para o Nuno.
— Ele não vai sumir, pode ficar tranquila. – ela disse
— Tenho medo de que seja apenas um sonho.
— Não é um sonho. Muito obrigada por não ter ido embora. Ele sem dúvida, não estaria dormindo e muito menos nesse estado. Eu desconheci o Nuno, quando percebir o que ele sente por você.
— Eu também me desconheço, o Nuno me deixa instável de uma forma boa. – sorrir – Hoje eu irei hoje para a casa da Dandara. Não posso esquecer de agradecer, por me trazer para cá.
— Mas, por que vai voltar pra lá? Suas coisas já estão aqui. O que custa ficar?
— Ah não. Eu não quero incomodar.
— Por favor fica. Você vai estar me fazendo um favor. Duvido que o Nuno, não queira voltar para casa com você aqui morando aqui.
— Estrategista. – riu impressionada
— Um pouquinho. Digamos, que vai ser bom ter a casa cheia.

Levei um susto, ao ser abraçada de costa por Nuno. Logo em seguida, ele abraçou a mãe.
— Obrigado mãe. Sem você ela não estaria aqui.
— Eu digo que sempre deve confiar em mim, ou quase sempre. – Elise responde orgulhosa

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