16 · Ela

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Sei que sou do tipo rebelde e que não ajo assim porque eu quero. Minha vida toda passei a ter pena de mim, mas conhecer essas pessoas me fez perceber que posso ser muito mais. Posso levar uma vida normal, posso superar!
    Eu era uma criança e vulnerável, não vou me culpar por isso, o único culpado foi quem me abusou. Quero me permitir levar uma vida normal e agora que tenho essa chance irei agarrar e fazer valer apena.
  Hoje irei me mudar para casa da Dandara, como não tenho quase nada foi fácil arrumar as coisas em apenas uma noite.
— Maísa atende o telefone por favor? – diz Dandara
— Certeza que eu posso?

Nuno aparece na loja, quase esqueço que ele trabalha hoje. Mas também como iria lembrar? Ele chegou quando já estava para fechar a loja.
— Atende estou curioso. – ele diz
— Saí seu idiota.
— Atende o telefone, está​ tocando.
— Dandara eu não vou atender com ele me olhando.
— Atende logo esse telefone, da pararem de serem idiota? – Dandara reclama.

Tanto eu como Nuno encaramos com seriedade e colocamos a mão no telefone para atender. O problema é que foi na mesma hora, a situação causou constrangimento então tirei a mão.
— Melhor você atender.
— Tudo bem. – ele responde

Situações constrangedoras tendem acontecer conosco, se esse cara tocar em mim mais uma vez irei dar um murro nele. Ou talvez eu seja desconfiada demais como Dandara mesmo disse.
— Maísa?
— Oi Nuno.
— Você vai se mudar hoje?
— Parece que sim, só tenho que pegar o endereço com a Dandara.
— Ela pediu que eu te levasse, não vai poder te esperar. Sabe como ela é, ela quis preparar um jantar de boas vindas.
— Ah, então tá.
— Vamos?
— Vamos.

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