14 · Ele

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Ao se despedir Isabella me contou que irá ficar alguns dias fora viajando a trabalho. Seu rosto meigo mudou de fisionomia dizendo que ficaria com saudades de mim.
— Não vai se perder por aí, cuidado com as garotas perigosas que vem a procura de lingerie. – diz Isabella
— Elas não vão me devorar, fique tranquila.
— É bom que não façam isso, então até mais?
— Até.

Quando ela se vira para ir embora não pude evitar de a puxar pelo braço e a beijar.
— O menino tímido criou coragem.
— Se cuida Isabella.

Ao ir para o escritório vejo Maísa se escondendo e a assusto ao aparecer na frente dela.
— Está espiando?
— Sem chance.
— Então o que está fazendo aí escondida?
— Vim buscar uma caixa para arrumar.
— Ah claro.

A tarde se passou rápido talvez pelo tempo estar fechado. Ao me ajeitar para ir pra casa me ofereci para dar carona a Maísa, chegando lá avistei uma moça reclamando com ela sobre o aluguel que estava atrasado há meses. Ela acenou indicando que estava tudo bem e que eu poderia ir. Fique preocupado, mas não sei o que  poderia fazer para ajudar.
Em casa recebo uma mensagem de Dandara avisando sobre os pedidos da semana. Bingo! Dandara é a solução. Ela mora sozinha e tem um quarto, se eu convencê-la sem dúvidas ela alugaria para Maísa. Imediatamente ligo para Dandara e conto o que acabava de acontecer.
— Não entendo porquê você quer tanto ajudar a Maísa. O quê está acontecendo Nuno?
— Eu...
— Você?
— Parece que ela já sofreu muito.
— Isso não justifica, não vejo você ajudando os moradores de rua por aí e tenho a certeza que eles sofreram muito também.
— Mas é que…
— Não vou questionar, amanhã falo com ela.
— Muito obrigada Danda você mora no meu coração.
— Sei, Tchau!

TEMPORALOnde histórias criam vida. Descubra agora