Capítulo Um

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As primeiras batidas!

Ela estava ali a quase meia hora ó olhando. Ao invés de conferir o caixa da oficina. Mas, Lili não podia evitar, quando Afonso estava por perto ela perdia totalmente a noção de tudo. Foi assim dês da primeira vez que ó vio, a sete anos atrás. É Lili lembra disso como se fosse hoje.

A oficina do seu pai era a única da cidade,e começava aos poucos ter mais clientes. Já que quando senhor Ernesto à abriu, só concentrava carroças e bicicletas. Com isso, precisava de um ajudante, e Lili como sua grande companheira fez um cartaz com um papelão com o anúncio e colocou na frente da oficina.Não demorou muito para o primeiro interessado aparecer.

Quando Liliane viu aquele rapaz entrar na oficina, seu coração disparou. Ela nunca tinha sentido aquilo em todo seus treze anos de idade. Apenas havia lido fatos parecidos nos muitos livros que pegava na biblioteca.
Aquele rapaz era lindo, apesar do olhar cabisbaixo e as roupas esfarrapadas. Seus cabelos castanhos estavam desarrumado num emaranhado de cachos, e seus olhos azulados tinha uma expressão triste, e seus lábios estavam numa linha reta. Mas, Lili tinha certeza que seu sorriso era encantador.

_ Boa tarde! ...o senhor está precisando de ajudante! _ Ele disse com uma voz grave, que fez o coração da pequena Lili acelerar novamente.

_ Depende! ,...o jovem entende de conserto de carros! _ Senhor Ernesto indaga, um pouco desconfiado do rapaz.

_ Não! ,...mais não tenho medo de aprender, e se o senhor me der o emprego não irá se arrepender.

Senhor Ernesto riu diante da confiança do rapaz. E realmente gostou da sua firmeza. Sabia que teria muito trabalho para lhe ensinar o ofício,mas pelo menos teria alguém para ajuda-lo. E desconfiava que ninguém mais apareceria para a vaga de emprego, já que uma indústria de tecidos havia se estalado na cidade,oferecendo muito serviços e um salário bem melhor que ele poderia pagar.

_ E como é seu nome meu rapaz?

_ Afonso Pereira! _ Ele estende a mão para senhor Ernesto.

_ Seja bem vindo Afonso! ...o emprego é seu! _ Senhor Ernesto diz arrancando um sorriso do rapaz. E Lili pode confirmar suas suspeitas. O sorriso do rapaz era mesmo encantador.

_ É quando você pode começar?

_ Agora mesmo! ...se senhor quiser!

_ Gostei da sua animação meu rapaz! ...espero que ela continuei até o fim do mês! _ Senhor Ernesto sorri e encaminha o rapaz até suas tarefas.
Mas, antes fez questão de apresentar sua filha, que estava sentado numa pequena poltrona conferindo as contas da oficina.Já que seu pai era péssimo nas contas.

_ Afonso! ...essa é Liliane minha filha, é claro minha ajudante. Pois eu me confundo todo com essas notas todas! .

_ Oi! _ O rapaz diz, estendendo sua mão na direção de Lili, que demorou quase uma eternidade para segura-lá.
E assim que sentiu sua mão tocar a dele,sentiu seu rosto queimar em brasas. E sua voz quase não saiu. Logo ela, que era uma tagarela e falava pelos cotovelos. Lili sentiu vontade de dar um soco em si mesma, por estar agindo como uma idiota.

Meia hora mais tarde, Lili já havia se recuperado do seu momento de idiotice. Mas, ainda se pegava observando o rapaz em vez de conferir as contas da oficina. E em uma dessa suas observações, que ela notou que Afonso tinha uma marca roxa perto da boca.Morrendo de curiosidade, tomou coragem e foi até o rapaz. Pegou uma caneca de café e uma fatia de bolo , para ter uma desculpa por estar indo até ele .

_ Toma, você deve estar com fome!
_ Ela sorri tentando não demostrar seu nervosismo.

_ Obrigado! ...realmente estou com fome,não tive tempo de tomar café hoje quando saiu de casa! _ Afonso diz se sentando no chão e devorando o bolo.

_ O que aconteceu com seu rosto? _ Lili não aguentou de curiosidade e foi logo disparando à perguntar.

_ Nada de mais pirralha! _ O rapaz sorri de um jeito provocativo.

_ Não sou pirralha! ...eu tenho treze anos! _ Lili afirma se sentindo ofendida.

_ Pois eu não te dava mais do que oito! _ Afonso diz lhe entregando a caneca e voltando ao trabalho. Enquanto Lili fica sem fala diante da prepotência do rapaz.

E mesmo depois de sete anos, Afonso ainda lhe chamava de pirralha. E Lili se sentia triste ao perceber que pra ele ,ela era apenas aquela mesma menina tagarela. Mas, Lili nunca deixou de sentir os mesmo sentimento por Afonso. Ela ainda era apaixonada por ele, dês daquele primeiro dia.

E essa era a razão dela estar ali, pasmada olhando Afonso consertar o carro. Vendo seus músculos definidos através do seu macacão da oficina. Afonso não era mais aquele rapaz magricela, ele tinha se tornado um belo homem. Bem diferente de Lili, que continuava a mesma garota miúda. E quem à via nunca diria que ela já tinha vinte anos.
E isso a incomodava, queria ser como sua irmã Vitória. Cheia de formas, do qual fazia os rapazes suspirar. E não ser aquela menina franzina com peitos da tamanho de um ovo.

Lili suspirou fundo, e voltou a conferir o caixa. Pois sabia que Afonso nunca à veria como uma mulher, ela teria que ama-lo em segredo pro resto da sua vida. E Lili já tinha se conformado com isso, por mais que seu coração doesse com essa verdade! .


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