Intrigas!
A vontade de Afonso ao sair daquele escritório ,era pegar Lili e dar lhe umas boas chineladas. Quem sabe assim ela deixava de agir daquela forma e voltava a ser a velha Lili outra vez. Ele não conseguia acreditar que ela tinha se deixado influenciar por Vitória, pois Afonso tinha certeza que aquilo era obra dela. E claro que ele não podia negar que Lili estava realmente bonita. De um jeito que era capaz de enlouquecer qualquer homem. E as coisas que ele sentiu ao ver Lili, ó deixava ainda mais zangado.
Afonso estava realmente de mal humor naquela manhã. Havia sonhado com Lili, aquela pirralha havia lhe atormentado a noite inteira. Mas viu tudo ficar ainda pior ,ao vê-lá entrar na oficina vestida com uma blusa sem mangas, sigarrete apertada ao corpo e cabelos amarrados com uma fita. Afonso sentiu seu sangue ferver, ao perceber como os rapazes olhavam para Lili de um jeito nada inocente.
_ Hei rapaziada! ....vamos deixar de moleza! Temos muitas entregas atrasadas. ..então nada de parada para o cafezinho hoje! _ Afonso diz, sobre os protestos de todos.
Já que senhor Ernesto havia saído, ele teria que por ordem na oficina. E iria começar tendo uma conversa com Lili, mesmo sabendo que não seria nada fácil!
Afonso entra no escritório e fecha à porta, fazendo com que Lili ó olhe, parecendo assustada._ Algum problema, Afonso? _ Ela indaga voltando seu olhar para o papel que estava escrevendo.
_ Sua roupa, e suas atitudes! ....esses são os problemas Liliane! _ Afonso afirma trazendo a atenção da garota para si.
_ Não sei se você é tão inocente assim, que não percebe que isso aqui é uma oficina cheia de homens, ....e que com certeza essas não são as roupas adequadas para desfilar por aqui! _ Afonso afirma encarando Lili, que permaneceu um tanto quanto serena. Como se nada que ele havia dito,fizesse diferença._ Porque você está tão incomodado com minhas roupas Afonso? ....até parece que está com ciúmes? _ Lili se levanta, apoiando as mãos na mesa e olha bem naqueles olhos azulados,com um sorriso irônico no rosto adorando ver Afonso fora de si por sua causa.
_ Eu com ciúmes de você? .....nunca vi tamanho absurdo! _ Afonso cai na gargalhada fazendo o sorriso de Lili apagar.
_ Estou apenas tentando cuidar dê você Lili! ....como um irmão mais velho cuidaria de sua irmã caçula cabeça de vento, que toma atitudes sem pensar nas consequências! ....e se você Lili, continuar agindo assim, vou ter que aconselhar senhor Ernesto a não tê deixar mais trabalhar na oficina! _ Lili se desespera ao ouvir isso.Tudo que ela queira era provocar Afonso, e não deixar de trabalhar ali . A oficina era como seu segundo lar, adorava ver o pai concertar os carros. Quando criança gostava de ficar ouvindo o pai dizer para que servia cada peça, e tinha muito vontade de ser um mecânico assim como ele. Mas sabia que seu pai nunca permitiria isso, então começou a conferir as contas da oficina apenas para poder continuar ali.
_ Meu pai nunca faria isso!....sem mim aqui, a oficina viraria um coas! _ Lili afirma um tanto incerta, pois sabia que o pai levava muito em conta a opinião de Afonso.
_ E isso que veremos! _ Afonso dá sua último palavra saindo do escritório e indo em direção a senhor Ernesto que acabava de chegar.
Lili ficou observando tudo da porta do escritório, sentindo um frio no estômago e um raiva descomunal de Afonso,e se perguntando como ainda podia sentir alguma coisa por ele. Se Afonso convencer o seu pai a lhe tirar da oficina, ela juro que nunca mais irá olhar em sua cara.
_ Você acha mesmo que isso é necessário Afonso? _ Senhor Ernesto pergunta enquanto coça sua barba.
_ Quem sou eu para dizer o que o senhor deve fazer!....mas que a presença de Lili aqui, está atrapalhando o funcionamento da oficina isso não posso negar. É claro que os rapazes nunca faltaram com respeito com ela, isso eu lhe garanto!...,mas homem é homem! _ Afonso dá de ombros, esperançoso que senhor Ernesto ó ouviria. Mesmo sabendo que Lili iria ó odiar pra resto da vida.
_ Você está certa Afonso!....a oficina não é um ambiente para uma moça!....vou conversar com ela. Me deseje sorte!...pois vou precisar! _ Senhor Ernesto comenta indo para o escritório.
Lili não consegui acreditar que seu pai tinha seguido os conselhos daquele mecânico idiota. Ela ainda estava em silêncio ouvindo oque seu pai dizia, pois nunca se atreveria a desrespeitar as decisões do pai. Mas, estava se segurando ao máximo para não chorar, e se perguntava ó porque de sua vida estar assim de cabeça pra baixo.
_ Tudo bem meu pai! ....se senhor acha que é o melhor, eu vou acatar sua decisão! ..... Boa sorte com as contas!_ Lili diz entregando o pesado caderno nas mãos do pai.
_ Lili, eu disse que você não poderia mas trabalhar aqui!...e não deixar de fazer a contabilidade da oficina!
_ Me desculpe meu pai, mas eu não vou fazer isso!....estou acostumada à trabalhar, então vou arrumar outro emprego. Acho que o senhor deve arrumar outro pessoa pra fazer meu serviço! Quem sabe Afonso,..... já que ele é seu braço direito! _ Lili sugere com um sorriso irônico no rosto, vendo seu pai à olhar pasmo. Ela deixa o escritório sem esperar a resposta do pai, e quando passa por Afonso faz questão de olhar bem em seu rosto.
_ Parabéns Afonso, ...você conseguiu oque queria! Espero que esteja satisfeito. É aliás, quando você me ver novamente...,finja que não me conhece, eu farei o mesmo! ...eu que achava que você era meu amigo....estava enganada!_ Lili desabava com os olhos cheios de lágrimas e a voz embargada. Então vai embora, antes que acabe chorando. E tudo que ela menos queria, era que Afonso à visse chorar. Isso seria muito humilhante.
_ O que você fez com ela, Afonso? _ Beto pergunta encarando o amigo.
_ O melhor pra ela!....mesmo que ela não compreenda , eu só quero protegê-lá! _ Afonso diz sentindo um aperto no peito, por constatar que tinha mágoa Lili.
E tendo a certeza que nunca mais teria sua amizade de volta. Sentiria saudade de conversar com aquela pirralha tagarela, e vê-lá rir das suas piadas sem graça. Mas sabia que tinha tomada a decisão certa._ Bom Afonso, acho que isso agora é de sua responsabilidade. _ Senhor Ernesto diz, lhe entregando um caderno grande e pesado.
_ O que é isso?
_ A contabilidade da oficina. Você me aconselhou tirar Lili da oficina,....e eu fiz. Ela não quer mas cuidar da parte financeira, se não poder trabalhar aqui, ...então agora você toma conta de tudo.
_ Eu não entendo nada dessas coisas!_ Ó rapaz responde um tanto assustado.
_ Então é melhor você começar a aprender! _ Senhor Ernesto dá alguns tapinhas em suas costas, e sai deixando o rapaz sem reação.
Afonso realmente se odiou naquele momento, as coisas não poderiam ficar ainda piores.
Ou melhor podia!
Porque ali do seu lado, Beto quase tinha um ataque de tanto rir de sua desgraça. E ele podia jurar,que aquilo só podia ser uma ideia partido da cabeça de Lili, apenas para poder lhe punir.
E ele admitia, que realmente merecia isso! Por ter lhe feito chorar.
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Por um Minuto ao seu Lado!
Historical FictionLiliane sempre achou que nenhum garoto nunca fosse olha-lá. Ela não era linda como sua irmã Vitória! Não tinha milhares de rapazes aos seus pés. E quando poderia imaginar que Afonso, seu grande amor secreto iria lhe convidar para sair. Liliane sabe...