Capítulo Quinze

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Decisões

A vida era realmente imprevisível!. Era oque Lili pensava naquela manhã, a garota quase não tinha dormido. Ainda pensava no pedido de Murilo, o rapaz havia se declarado durante o passeio dos dois e pedido Lili em namoro.
Ela não esperava por isso, então invés de responder ela pediu um tempo para pensar. Não sabia oque fazer, ela não era apaixonada pelo rapaz, apenas sentia um grande afeto por ele.

Lili não sentia seu coração bater quando  ó via, e nem parecia que tinha borboletas no estômago quando ele sorria ou sentia seu  corpo inteiro se arrepiar apenas pelo um toque dele. Apenas uma pessoa fazia  isso com Lili, e esse rapaz era Afonso. Por mais que ela tentasse, não conseguia esquece-lo, e a cada dia Lili tinha certeza que isso seria impossível.

_ Lili!?....,está tudo bem? _ Lili e despertada de seus pensamentos por Afonso.

_ Afonso!...,eu não tinha percebido que você estava aí! _ Lili tenta se recompor.

_ Eu percebi!....te chamei várias vezes, é você não me ouvia.

_ E que estou com dificuldade para fechar algumas contas....,apenas isso! _ Lili menti.
Mas, Afonso percebe que Lili está escondendo a verdade ,porém preferiu não perguntar nada,não queria que Lili ficasse zangada com ele.

_ Eu vim te entregar isso! _ Ele deposita em suas mãos um envelope.
Lili ó abre, e fica surpresa por ver uma quantia de dinheiro dentro.

_ Uma parte do que eu devo a você! _ Afonso explica assim que vê a garota ó encarrar.

_ Você não precisava pagar agora Afonso!....seu pai ainda está internado, e com certeza ainda terá muitos gastos!

_ Não se preocupe Lili!....,eu não tirei esse dinheiro do tratamento do meu pai....eu andei fazendo uns bicos, e consegui juntas alguns tostões! _ Afonso afirma.

Mas à verdade, era que ele tinha conseguido aquele dinheiro por ter ganhado sua primeira luta. Por sorte, seu oponente não era assim tão forte e depois de alguns golpes,o coitado acabou beijando o chão. Para a felicidade de Afonso, o indivíduo não lhe acertou nenhuma soco, ou teria problemas para explicar seus machucados.

_ Isso é muito bom!...mas você não precisa ter presa em me pagar . _ Lili diz na esperança de que  Afonso à escute. Ela não queria que ele ficasse sê matando de trabalhar, apenas para pagar o que devia à ela.

_ Tudo bem Lili!....,eu também queria te fazer um convite! . Meu pai vai ter alta neste sábado, então Alice irá fazer um jantar para comemorar....,eu gostaria muito que você fosse. Já que foi graças a você, que meu pai está bem!

_ Isso é maravilhoso!....e agradeço, mas infelizmente não poderei ir....eu já tinha combinado de ir ao clube com Murilo! _Lili diz com um aperto  no peito. Quantas vezes desejou que Afonso a convidasse para sair,e agora tinha que recusar.

_ Claro!....,eu entendo, você pode visitá-lo outro dia....bom, é melhor eu voltar ao meu trabalho!_ Afonso diz, se sentindo estranho. Pois não tinha gostado de Lili preferir sair com aquele almofadinha, e recusar seu convite.

Lili sempre foi sua amiga, os dois estavam sempre juntos e a cada dia ele à via se afastar ainda mais dele. Afonso não sabia porque aquilo lhe incomodava tanto,apenas não queira outro homem perto de sua piralha.

*****

_ Lili!...não acredito que você ainda não se arrumou? _ Vitória indaga irritada ao ver sua irmã deitada na cama ainda de camisola.

_ Eu não vou ao clube hoje....,não estou me sentindo bem, estou com cólicas horríveis! _ Lili afirma se encolhendo na cama.

_ Bom se é isso, não podemos fazer nada!....é uma pena! Murilo vai ficar decepcionado_  Vitória dá de ombros, depois deixa o quarto da irmã lhe desejando melhoras.

Lili realmente se senti mal por ter mentido para irmã e por não ir ao encontro com Murilo. Mas, se sentiu ainda pior ao ver à expressão do rosto de Afonso quando ela disse que não poderia ir ao jantar do seu pai. Foi então que resolveu mentir para Vitória, e invés de ir ao clube iria fazer uma surpresa para Afonso.

Esperou até ver o carro de Alfredo sair, correu para se arrumar. Escolheu uma saia de èpoa preta e uma camisa branca, e colocou seu cardigã verde preferido. Amarrou seus cabelos com uma fita vermelha, deu uma olhada no espelho para ver se não tinha exagerado, não queria passar uma má impressão para senhor Luiz. Saiu apressada para sala, agora teria que arrumar uma desculpa para seus pais porque estava saindo uma hora daquelas.

_ Filha! ....,você está melhor? Eu ia levar um chá para você agora mesmo! _ Dona Teresa diz ao ver a filha.

_ Estou bem melhor mãe!....é até resolvi ir  a casa da vovó, ela prometeu que iria me emprestar alguns livros seus! _ Lili diz a primeira coisa que vem em sua cabeça.Depois teria que conversar com sua avó, para que ela confirmasse sua estória.

_ Se é assim, eu te levo até lá! _ Senhor Ernesto se oferece, para o desespero da garota.

_ Não precisa pai!....eu vou de bicicleta, não quero que o senhor perca o capítulo da novela.

_ Tudo bem então,....mas tome cuidado! _ Seu pai concorda para o alívio de Lili.

Ela não perde mais tempo, pega sua velha bicicleta que a muita tempo não era usada e saiu em direção a estação de trem da cidade, aonde ficava à casa de Afonso. Lili rezava para ainda se lembrar do caminho, a última vez que esteve lá foi a dois anos atrás, quando ajudou Alice em uma pesquisa da escola.
Para sua sorte o lugar continuava o mesmo, um pequeno bairro de estrada de chão e pequenas casas que pareciam mais de brinquedos com seus jardins cheios de flores.
Lili encostou sua bicicleta no velho carambec de Afonso, ajeitou sua saia que estava um pouco amarrotada e se dirigiu até a porta com imerso frio na barriga. Lá dentro escutou risadas alegres, e até pode definir à de Afonso. Ela conseguiria reconhecer aquele som, no meio de uma apresentação de ópera.

Lili respirou fundo tentando acalmar seu coração, e bateu na porta. Não demorou muito para que ela fosse aperta, e de lá  aparecesse Afonso impecavelmente lindo com uma camisa cinza e calça social e seus cabelos ainda úmidos. Aquela imagem era mesmo de tirar o fôlego, e fez Lili engolir em seco.

_ Lili!....não acredito que você está aqui! _ Afonso sorri feliz, por ver a garota que não tinha saindo dos seus pensamentos durante todo aquele dia.

_ Eu...eu, decidi vir! Não podia fazer essa desfeita à vocês! _ Ela gagueja, e se odeia por isso, e por sentir seu rosto queimar pela forma que Afonso à olhava.

_ É maravilhoso que você mudou de idéia! ....pode ter certeza que aqui será bem mais divertido, do que naquele clube! _ Afonso comenta, segurando a mão de Lili e percebendo que a garota tremia. E ele adorou ver que provocava aquilo na garota, um pensamento que ó deixou assustado.

Lili segui Afonso casa a dentro, sentindo suas pernas fraquejar, mas sem conseguir desviar seus olhos daquelas duas íris azuladas. Ela não sabia oque esperar  daquela noite ,mas sabia que tinha tomado a melhor decisão em ir até lá.

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