Capítulo Vinte Quatro

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Revelações.

Afonso entrou na oficina com um sorriso bobo no rosto,havia acabado de deixar Lili à alguns quarterões da oficina para que ninguém desconfia - se que os dois estavam juntos. As lembranças da noite ainda invadiam sua mente,e agora se sentia ainda mais apaixonado por Lili. E pretendia hoje mesmo,conversar com senhor Ernesto e pedir Lili em casamento.Afonso não queira esperar mais,para finalmente ter sua pirralha para sempre ao seu lado.

_ Afonso,meu amigo..., como você está se sentindo,depois daquela luta espetacular? _ Beto pergunta, assim que vê Afonso chegar.

_ Estou totalmente recuperado..., nunca estive tão bem!_Ele afirma ,esboçando um sorriso ao ver Lili entrar na oficina,o que faz Beto ò encarar .

Mas mesmo antes de Beto lhe questionar oque estava acontecendo entre ele e Lili,uma movimentação na entrada da oficina chamou a atenção dos dois. O delegado da cidade e mais dois policiais entram ,sem perder
tempo vão em direção aonde está Beto e Afonso.

_ Senhor Afonso Pereira,.... temos um mandato de prisão contra o senhor...., por favor queira nos acompanhar até a delegacia _ O delegado afirma encarando Afonso,e fazendo Beto engolir em seco .

_ Como assim um mandato de prisão com qual acusação?_ Senhor Ernesto questiona chegando mais próximo do grupo.

_ Ele está sendo acusado de pertencer e participar da gangue de lutadores de Ari Costa ,....um dos maiores golpista da cidade.Ontem a noite depois de uma denúncia, invadimos o galpão aonde as lutas acontecia .Prendemos Ari Costa e alguns de seus lutadores... Mas muitos escaparam com o tumulto,temos uma testemunha que afirma ter visto seu funcionário fugindo do local._ O delegado relata,e isso deixa Afonso apavorado.
Pois ele não estava no galpão na noite passada,mas também não tinha como provar isso. Já que sua irmã e seu pai estavam passando o fim de semana no sítio do padrinhos de Alice.

_ Afonso não estava no galpão!_ Lili afirma,fazendo todos a encarar. Ela estava ouvindo tudo de longe,e se desesperou com a possibilidade de Afonso ir preso. Lili sabia muito bem quem havia feito a denúncia,nada tirava de sua cabeça que aquilo era obra de Murilo.

_ E como a senhorita tem certeza disso?_ O delegado questiona um tanto desconfiado. Lili respira fundo antes de responder, já que viu o olhar de desespero de Afonso à encarando.

_ Porque....,eu passei a noite inteira com ele._ Lili admite,fazendo um grande silêncio se estalar na oficina. Lili fica de cabeça baixa,mas senti o olhar de seu pai em sua direção.

_ Bom,diante disso....,eu posso comprovar que a pessoa que lhe acusou , estava enganada.Mas mesmo assim ficarei atento aos seus passos._ O delegado diz , apontando para Afonso,depois vai embora fazendo Lili respirar aliviada.

_ O que todos estão fazendo aí parados?...., temos muito trabalho pra fazer!_Senhor Ernesto se altera,e com isso faz com que todos voltem ao seus afazeres.

_ Afonso e Liliane...,me acompanhe até em casa...., agora._ O jeito como senhor Ernesto diz ,faz Lili estremecer e ter a certeza de que ele não estava nada satisfeito com que ela havia dito.

Afonso e Lili andaram lado a lado,sentindo como se fossem dois condenados. Afonso segurava forte a mão de Lili tentando lhe acalmar,mas no fundo ele também estava receoso com o destino daquela conversa.
Assim que entram na sala,senhor Ernesto chama sua esposa,para o desespero de Lili. Pois sabia que sua mãe ficarei decepcionada quando soubesse à verdade.

_ Pai,....me deixa explicar tudo antes de....

_ Explicar oque Lili?... Que você mentiu e enganou seus pais,para se encontrar as escondidas. Como se fosse uma....

_ Senhor Ernesto,.... não diga nada do qual se arrependerá mas tarde...., Lili não é a única culpada nisso tudo._ Afonso interrompe Senhor Ernesto,em defesa de Lili.

_ Você tem razão!...., pois eu não reconheço maís vocês dois. Principalmente você Afonso! Eu confiei em você....,te ajudei quando mais precisava,te tinha como meu braço direito....,te estimativa como um filho. Pra que?... pra você se envolver com minha filha as escondidas!_ Senhor Ernesto grita perdendo totalmente a calma.
Afonso se senti um lixo diante das palavras de seu patrão, tinha decepcionado a única pessoa que acreditou nele e não o julgava por ser o filho de um bêbado.

_ Eu sei que errei,mas não irei fugir das minhas responsabilidades ....,quero me casar com Lili.

_ Você acha que depois de tudo,eu irei permitir isso?.... Depois de saber que você estava envolvido com aquela gangue,.... pois é só olhar pra você e ter a certeza de que o delegado estava certo com suas suspeitas. Eu nunca entregarei minha filha nas mãos de quem eu não confio mais!._ Senhor Ernesto dá a última palavra,fazendo Lili perder o chão.
Àquilo não podia estar acontecendo, tudo parecia um pesadelo. Seu pai não podia proibir seu casamento com Afonso, e assim afastar seu grande amor outra vez.

_ Por favor pai!...., não faça isso! _ Ela implora em prantos encarando seu pai,e depois olhando na direção de sua mãe buscando algum apoio. Mas sua mãe não esboça nenhuma reação ,e Lili entende porque ela agiu dessa forma. Sua mãe nunca iria contra uma decisão do seu pai, ela era submissa as ordens do marido.

_ Essa é minha última palavra!... Afonso faça me o favor de pegar suas coisas na oficina,.... você não trabalha mais pra mim _ Senhor Ernesto concluiu,sem ao menos olhar para o rapaz.

_ Como o senhor....quiser. _ Afonso diz soltando a mão de Lili e indo em direção da porta. Mas Lili segura sua mão novamente,o impedindo de ir,e o olha com seus olhos cheios de lágrimas.

Ver o desespero de Lili era algo insuportável,era como se o coração de Afonso estivesse sendo arrancado do seu peito. Mas naquele momento ele não podia fazer nada, ele nunca iria contra uma decisão de Senhor Ernesto.

_ Eu ti amo! _ Ele sussurro e depois deposita um beijo nas mãos de Lili, e vai embora com a alma em pedaços.

Lili ainda encara a porta por alguns minutos,na esperança de que Afonso volte e à leve com ele. Vendo que isso não irá acontecer,Lili se arrasta até seu quarto sobre o olhar de pena de dona Teresa, que sofre pelo destino da filha e por não poder fazer nada pra ajuda-la.

Lili se encolhe em sua cama ,e deixa as lágrimas escorrem em silêncio. Fecha seus olhos e leva sua mente até a noite passada, quando estava nos braços de Afonso , quando pensava que nada mais poderia separar os dois.

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