Adentro a delegacia, procurando e perguntando pela Allison. Até que, finalmente, a vejo de longe, com um rostinho tristonho. Presa a uma mesa com algemas. Me aproximo e chamo-a, perguntando se ela estava bem.
- Scott? O-o que está fazendo aqui? – pergunta ela, desacreditada.
- Eu vim te ajudar.
- Scott, saia daqui, agora! Você não deveria estar aqui. – Ela diz, preocupada e olhando em volta.
- Você está aqui por minha causa. Eu deveria assumir a culpa.
- O que? – ela sobe o tom – Scott, escuta. Eu quis te ajudar, lembra? Eu fui identificada. Você não pode falar que foi você.
- Okay. Agora, escuta você. Eu não vou deixar você ser presa. – Levanto-me, procurando por algum guarda e aceno para um deles.
- Scott, Senta! – manda ela, sussurrando.
Ignoro totalmente o que ela manda e o policial finalmente chega até nós. Ela se levanta rapidamente, ainda presa na mesa.
- Scott! – exclama ela.
- Eu queria dizer uma coisa. – Digo ao guarda.
- Fecha essa boca!
- Deixe o garoto falar. – O policial diz a ela e ela faz o que ele pediu.
- Fui eu. – Confesso. Provavelmente, Allison, nesse exato momento, deve estar me xingando mentalmente, além de estar revirando os olhos. – Eu que roubei o carro. Ela só foi cúmplice. Aliás, foi ela que me mandou encostar o carro e deixar o roubo para lá.
- Scott! Cala essa boca, agora! – ela ordena.
- Eu já confessei. – Viro-me para ela. – Me deixe fazer pelo menos uma coisa certa nesse ano.
- Policial, isso não é verdade. Eu fiz tudo sozinha. – Ela mente.
- O que não é verdade é o que ela acabou de falar.
- Scott, fica quieto antes que eu dê um soco nessa sua cara, seu idiota.
- Se quiser ir para a cadeia junto comigo por me agredir, vá em frente.
- Okay, okay! Já chega! – o policial acaba com nossa discussão. – Ninguém aqui vai para a cadeia.
- Não? – Allison e eu perguntamos em uníssono.
- Primeiramente, você é menor de idade. Segundamente, o cara não quis prestar queixa. Ele viu que você era só uma adolescente rebelde. Terceiro, você não roubou o carro, exatamente. Você apenas o pegou e levou para outra quadra. Aliás, por que você fez isso? – ele explica, e nós soltamos suspiros aliviados. Até que a mãe da Allison aparece e ela chia um "Oh, não".
- O que estava pensando, mocinha? – sua mãe pergunta, furiosa. – Mais uma vez se metendo em confusão? Se seu pai estivesse aqui, o que ele pensaria disso?
- Mas o papai não está aqui, não é, mãe? – sua mãe arregala os olhos – E se ele estivesse, eu não estaria numa delegacia. Ou, talvez, se você me desse um pouco de atenção, merda! – o policial tira suas algemas e ela caminha até a saída da delegacia, e sua mãe vai atrás dela dizendo o seu nome. "Allison Argent".
Do jeito que ela falou com sua mãe e por sua expressão, ela parecia chateada. Eu pensei em passar em sua casa para saber se ela estava bem, mas acho melhor não ir até lá. Quem sabe o que deve ter acontecido com as duas. Ela pode estar de castigo e sua mãe, estando tão furiosa, acaba não me deixando falar com ela. Eu só espero que ela esteja bem.
Depois de um longo dia, finalmente anoitece. Parece que o dia passou tão devagar, acho que talvez por ele ser tão cansativo. Eu, até o momento, não acabei vendo Noah e nem o Stiles. Penso em deitar e dormir, mas eu estou completamente sem sono. Bom, tem a opção de ir visitar a minha mãe no hospital, porem eu estando nessa situação... Eu não quero preocupa-la. Então a única opção que sobrou é ficar deitado em minha cama, olhando para o teto.
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Nerve • Scallison
Подростковая литератураBem-Vindo a Nerve, edição Nova York. Nerve é um jogo 24h. Igual a verdade ou desafio, só que sem a verdade. Observadores pagam para ver e jogadores ganham dinheiro e fama. Scott é um observador ou um jogador?